Equipe da FAB treina combate BVR em centro de simulação na Suécia
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Notícia está no novo número do Notaer, da FAB, que traz também declaração do comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, de que a decisão de desativar os caças Mirage 2000 é ‘irrevogável’
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O portal da FAB destacou, entre as notícias que fazem parte da nona edição (setembro) deste ano do jornal Notaer, matéria sobre o treinamento de táticas e técnicas BVR que equipe da III FAE (Terceira Força Aérea) realizou em centro de simulação na Suécia. Segue a matéria, que também pode ser lida, assim como toda a edição, clicando-se no link ao final.
III FAE treina em centro de simulação na Suécia
Doze pilotos operacionais de quatro unidades de primeira linha da Aviação de Caça, além de quatro controladores militares, sendo dois de uma Unidade de Controle e Alarme em voo e outros dois do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, treinaram, durante uma semana, táticas e técnicas aplicadas ao combate BVR, do inglês Beyond Visual Range, ou seja, além do alcance visual. Tudo isso ocorreu em um dos mais modernos centros de treinamento simulado do mundo localizado na Suécia.
No Centro de Simulação de Combate sueco, oito pilotos podem atuar simultaneamente dentro de um ambiente onde vários fatores podem ser configurados: desempenho da aeronave, tipo e quantidade de armamentos, tipo de radar etc. Nesse mesmo ambiente, os controladores podem interagir com as aeronaves como se estivessem em suas posições rotineiras, com a vantagem de acompanhar, pessoalmente, tanto a preparação quanto a crítica da missão. Além disso, podem visualizar, juntamente com os pilotos, toda a arena de combate em modo tridimensional, tornando o aprendizado no treinamento muito eficiente.
Além das aeronaves “pilotadas”, o Centro de Simulação de Combate permite a inclusão de aeronaves de diversos tipos no cenário tático, aumentando a quantidade e a complexidade dos combates aéreos. Tudo isso dentro de um mundo virtual que utiliza o datalink. Essa tecnologia permite que diversas aeronaves troquem, automaticamente, informações entre si, aumentando a capacidade dos pilotos em perceber o ambiente à sua volta – a chamada consciência situacional.
Junto com os pilotos e controladores brasileiros, pilotos e controladores suecos participaram do treinamento, interagindo desde o preparo da missão, execução e, finalmente, a crítica de cada “voo” realizado. “Esse foi um ponto importante, pois todos operaram como uma equipe, trocando experiências, e permitindo uma avaliação das táticas e técnicas empregadas por nossos pilotos de combate e controladores de voo”, afirma o Coronel Aviador Jefson Borges, comandante da missão.
Número 9 do Notaer também traz a “palavra do Comandante”, cujo tema principal é a desativação do Mirage 2000 (F-2000). Seguem alguns trechos selecionados:
“A retirada de serviço dos caças Mirage 2000 é uma decisão irrevogável.”
“Se por um lado esta saída representa uma retração dos meios disponíveis para o cumprimento da missão, abre-se também uma janela de oportunidade para os militares da Força Aérea Brasileira mostrarem seu profissionalismo e dedicação. Longe de existir uma descontinuidade da aviação de caça brasileira, o que há, isto sim, é a constante busca de aperfeiçoamento.”
“O Comando da Aeronáutica não deve, atento aos seus princípios de Hierarquia e Disciplina, fazer pressão. Não é essa a nossa forma de trabalhar. Reportamos realidades e nos mantemos preparados. Temos bases aéreas adequadas, equipes de solo capacitadas e os melhores pilotos para ocupar as cabines de comando. Estou certo de que estes são os principais elementos para uma Força Aérea dar orgulho para seu efetivo e para a população.”
FONTE / FOTOS: FAB – Notaer de setembro de 2013 (clique no link para acessar)