Na década de 1980 o motor F404 da GE estava dando os seus primeiros passos no mercado internacional. Ele foi lançado juntamente com o McDonnell Douglas F/A-18A e tornou-se, ao lado do F100 da concorrente P&W, o padrão de turbofan para a época.

Por volta de 1987, além da Marinha dos EUA, o motor também era utilizado pelos Hornet do Canadá, Austrália e Espanha e pelos A-4 de Singapura (versão sem pós-combustor) . O sucesso obtido neste último caso animou a equipe de marketing da GE em promover o motor noutras áreas do globo como opção para substituir motores de concepção mais antiga, como por exemplo o Rolls Royce Spey que foi escolhido o AMX.

A imagem acima é uma propaganda da GE veiculada em diversas publicações sobre aviação e defesa no Brasil no final da década de 1980. A Itália e o Brasil optaram pelo britânico Spey por diversas razões. Mas existia a possibilidade de exportar o AMX para a Força Aérea da Argentina e se esta encomenda fosse fechada, o avião teria que ter outro motor.

O interessante é que o Spey foi escolhido pelos italianos, dentre outras razões, para tentar escapar de possíveis embargos dos EUA para certos clientes externos. Eles sofreram na pele este problema quando a Aeritalia (atual Alenia) tentou vender o avião de transporte G-222 para determinados países e os EUA vetaram a comercialização do motor T64 da GE. No caso de uma eventual venda de AMX para a Argentina, o motor inglês é que seria vetado pelos britânicos.

A verdade é que o AMX não chegou a ser exportado para a Argentina e a adaptação do F404 não foi além das conjecturas iniciais. Mas que seria uma bela opção, isso seria.

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