Comparando o F-5 Tiger III chileno com o F-5EM da FAB

 


Ontem noticiamos aqui a renovação do interesse da Força Aérea Uruguaia (FAU) nos caças F-5 chilenos. Boa parte dos nossos “foristas” discutia e comparava a modernização feita pela IAI (e participação local da ENAER) nos F-5 chilenos, chamados posteriormente de Tigre “III”, com a modernização dos F-5 da FAB, aqui denominados F-5EM, após os trabalhos da Embraer em associação com a Elbit Systems.

Primeiramente é preciso colocar as duas modernizações em ordem cronológica. A modernização dos caças chilenos teve início efetivamente em 1990, com a assinatura do contrato entre a FACh e a IAI. Em julho de 1993 voou o primeiro F-5 modernizado. O programa também não foi implantado todo de uma vez. Primeiramente foi feita a modernização geral da aeronave, que incluiu a integração e a compra de mísseis Phyton III. Entre 1997 e 1998 os caças receberam as sondas de reabastecimento em voo e também nesta época incorporaram mísseis Phyton IV e capacetes tipo DASH.

Já o programa brasileiro, como foi amplamente divulgado aqui no País, teve o seu início formal em agosto de 1997. Inicialmente foi escolhida a Embraer como contratante principal. A definição de todos os fornecedores só foi decidida em outubro de 1998, com a seleção da Elbit como fornecedora dos aviônicos e a FIAR (depois Selex) como fornecedora do radar Grifo X.

Os dois primeiros F-5 da FAB foram enviados para a Embraer em fevereiro de 2001 e só retornaram para a força em setembro de 2005. Dificuldades na integração dos aviônicos atrasaram o início do programa, mas todos os aviões do primeiro lote já foram entregues. Agora a Embraer está focada na atualização dos 11 “ex-jordanianos”.

As imagens acima, dos painéis, atestam que existe uma diferença temporal de aproximadamente uma década entre o programa de modernização chileno e o brasileiro. Neste período houve uma grande evolução tecnológica, principalmente em software, aviônicos, equipamentos de navegação (falar em GPS em 1993 era coisa para poucos), enlace de dados (data link) e guerra centrada em rede, sem falar nas óbvias telas multifunção.

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