F-X2: prefeito de São Bernardo / SP deixa claro que torce pelo Gripen
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Petista condiciona polo industrial de defesa à compra de caças suecos
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Para Marinho, a aquisição das aeronaves suecas “facilitaria o parque aeronáutico” porque os modelos estão em fase de desenvolvimento. O que, segundo ele, traz mais garantia de transferência de tecnologia para deixar o projeto mais viável.
Desde o início da discussão para compra de caças pelo governo brasileiro Marinho mostra predileção pela empresa sueca. Ele chegou a viajar para a Suécia para conhecer in loco o processo de construção do avião. Em seu primeiro mandato, articulou diversas visitas dos executivos da Saab a interlocutores da União para tentar emplacar os modelos suecos.
O petista afirmou que as vantagens trazidas pelos caças Gripen não são observadas nas propostas da norte-americana Boeing, fabricante do F-18, e da francesa Dassault, desenvolvedora do modelo Rafale.
“Os suecos estão em desenvolvimento e é a melhor maneira de fazer transferência de tecnologia exatamente num desenvolvimento que o Brasil está convidado a partilhar. Se o Gripen for escolhido facilita mais nosso parque aeronáutico. Se for os norte-americanos, vamos ver o que dá para salvar. Se for os franceses a mesma coisa. Por isso é a minha torcida pelo Gripen, porque cria maior possibilidade do parque aqui”, explicitou o prefeito. “Nunca falei tão claro como falei desse assunto.”
“Se comprar (o governo federal) o norte-americano, a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) terá uma ilusão de ganhar com isso. Acho que é ilusão. Os norte-americanos estão oferecendo em tese o mercado para os produtos da Embraer. Eles dizem que transferem tecnologia, mas tenho muita dúvida. A manutenção dos franceses é muito cara e não confio em transferência de tecnologia”, justificou o prefeito de São Bernardo.
Projeto
A sinalização para aquisição dos modelos foi feita ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006, e desde então se arrasta, principalmente pelo preço: as propostas variam de US$ 4 bilhões a US$ 5 bilhões.
A FAB (Força Aérea Brasileira), em 2010, emitiu documento em que também inclina favoritismo para a Saab. A empresa começou a produzir os caças Gripen em julho e diretores garantem que ainda há tempo para inclusão do Brasil no processo de desenvolvimento da aeronave.
FONTE: Diário do Grande ABC (reportagem de Raphael Rocha)
COLABOROU: Sandro
NOTA DO EDITOR: o título original da matéria do Diário do Grande ABC é o subtítulo
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