A cratera Santos=Dumont, o depósito do Air and Space Museum e os irmãos Wright

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A legenda da foto descreve: “ O Smithsonian acaba de divulgar um contrato que sugere que o museu nunca pode admitir que outra aeronave motorizada voou antes do avião dos irmão Wright...!

Gustavo Adolfo Franco Ferreira

Há uma cratera na Lua denominada Santos=Dumont. Foi uma forma de o Smithsonian Institute – conceituado museu americano, sediado em Washington – tentar encobrir uma fraude que sustenta há anos, até os dias de hoje! Coube a Paul Graber, primeiro curador do museu do ar e do espaço, negociar com a Embaixada do Brasil a identificação da cratera e seu batismo com o nome do ilustre brasileiro. Fica na extremidade Norte dos Montes Apeninos, nas coordenadas 4.8º Leste/27.8º Norte. O adido Aeronáutico nunca engoliu esta história dos irmãos Wright. Tirou o corpo fora e mandou a secretária, entender-se com o curador do museu e tratar da homenagem. Foi ai que eu cheguei na embaixada… Excelente oportunidade para prestigiar o Senhor Graber com a assistência de um oficial! Ganhei a missão, de graça!

Fiz boa amizade com o Sr. Graber. Ele não era muito mais velho que meu Pai e foi fácil o entendimento. A homenagem se concretizou… Certo dia levou-me a Silver Hill, às instalações que atualmente têm seu nome. Durante a guerra da Coréia, precisou reunir o acervo esparramado em outras instalações. Obteve uma área em Silver Springs, Md. onde instalou construções pré-moldadas que agruparam as peças espalhadas. Havia muitas! De memória, lembrou-me de um Fiat Falco CR43, de um Saeta italiano, do primeiro MiG-15 obtido pelos EEUU através da deserção de um piloto chinês; mas lembrou-me, principalmente das três seções da fuselagem do B-29 Enola Gay. Eu entrei embaixo da baia de bombas dianteira, de onde saiu a primeira bomba atômica! Eu andei pelas instalações da Paul E. Garber Facility ciceroneado pelo próprio! Paul Garber faleceu em 1992. A fraude que se encobria só veio a público agora, 40 anos depois.

O mesmo museu exibe – com destaque – a carcaça restaurada do primeiro Flyer construído pelos já hábeis construtores de bicicleta. Salvaram um pedaço da original entelagem. Tem o destaque devido a um dos precursores da aviação!
Feliz ou infelizmente, há mácula na história.

Há mais de uma década e menos de duas, Foi promulgada, nos EEUU, uma Lei denominada “Freedom of Information Act” (Lei de liberdade de informações) , a qual abriu muitos, quase todos, os arquivos oficiais americanos. Evidentemente, os ávidos a tudo remexeram! Cada qual no seu setor. A internet facilitou sobremodo…

Logo após a segunda guerra, ainda enquanto o Flyer #1 estava guardado junto às joias da coroa britânica em local não conhecido, os advogados do espólio da família Wright aproximaram-se de Paul Graber. Ofereceram o avião para o futuro museu (onde, de fato, hoje está instalado) pelo preço simbólico de US$ 1,00, acompanhado por um contrato de compromisso “eterno”.

A legenda da foto descreve: “ O Smithsonian acaba de divulgar um contrato que sugere que o museu nunca pode admitir que outra aeronave motorizada voou antes do avião dos irmão Wright…!

O negócio concretizou-se: O contrato foi assinado pelos advogados do espólio dos Wright… O Smithsonian Institute nunca reconheceu a ocorrência de voo anterior ao que, hipoteticamente, teriam realizado os ciclistas em 1903!

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