VLS tem novo atraso em projeto e fica para 2014

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O projeto do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), sucessor do VLS, que pegou fogo em agosto de 2003, só será lançado em 2014.

A meta do governo federal de um lançamento de teste neste ano não vai ser cumprida, em razão de atrasos no desenvolvimento do veículo.

Especialistas do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), de São José, finalizam os preparativos para iniciar testes na nova Torre de Lançamento do VLS-1, no Centro de Lançamento de Alcântara (MA).

No final de junho deste ano, o IAE (Instituto de Aeronáutica e Espaço), órgão do DCTA, enviou para Alcântara o mock-up (modelo em tamanho real) do novo VLS-1 para iniciar a fase de testes da torre, denominada de TMI (Torre Móvel de Integração).

O veículo montado na torre é uma estrutura real, entretanto sem combustível ou satélite a bordo.
O projeto do VLS-1 é um veículo de transporte de pequeno porte, com capacidade de colocar satélites de 200 kg de massa numa órbita circular equatorial de 750 quilômetros de altitude.

O equipamento foi totalmente reconfigurado. O novo projeto contempla mais itens de segurança, como túnel para fuga em caso de incidentes.

Torre. A primeira torre de lançamento foi destruída por um incêndio em agosto de 2003 e resultou na morte de 21 servidores do DCTA.

A nova plataforma de lançamento começou a ser reconstruída em 2008 e só deve lançar o VLS-1 no ano que vem.

Vítimas do VLS podem ganhar memorial criado por Niemeyer

 

São José dos Campos pode ganhar mais um projeto assinado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, morto em dezembro de 2012 aos 104 anos. É um memorial para homenagear as 21 vítimas do acidente com o VLS (Veículo Lançador de Satélites), que completa 10 anos na próxima semana.

Na cidade, Niemeyer projetou o complexo do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial), incluindo o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), em 1947.

Em 22 de agosto de 2003, às 13h26, na base de lançamento de Alcântara, no Maranhão, um incêndio destruiu a torre de lançamento do VLS e matou os 21 profissionais que estavam no local.

As vítimas eram técnicos e engenheiros do DCTA , de São José.

Sensibilizado pelo acidente, Niemeyer procurou em dezembro de 2003 a então recém-formada Associação das Vítimas do VLS e ofereceu o desenho de um memorial para homenagem.

Segundo o advogado José Oliveira, presidente da associação e irmão de uma das vítimas, desde então os familiares tentam tirar o projeto do papel, com apoio da Prefeitura de São José.

“Não tivemos êxito até o ano passado. Com esse novo governo, houve uma abertura para a negociação”, disse Oliveira.

Na última quarta-feira, ele enviou o desenho de Niemeyer para o governo federal, que irá fazer um estudo sobre os custos de construção do memorial, além de avaliar uma parceria com a prefeitura.

O VALE apurou que o prefeito Carlinhos Almeida (PT) tem dito a interlocutores que é favorável ao projeto, e que poderia colaborar na construção do memorial. Oficialmente, o governo municipal não comentou o assunto ontem.

Solenidade. Na próxima quinta-feira, às 10h, familiares das vítimas irão participar de uma cerimônia ecumênica no DCTA para lembrar os parentes. Às 13h26, eles estourarão 21 fogos em homenagem às vítimas.

FONTE: O Vale

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