Gripen na República Tcheca: condições mais vantajosas são por tempo limitado

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O primeiro-ministro checo, Jiri Rusnok, disse ontem que gostaria que a decisão sobre a extensão do programa de “leasing” de caças Gripen fosse tomada pelo novo governo do país, caso o atraso não agrave as condições do contrato.

Rusnok disse, após uma reunião de governo, que o contrato de “leasing” dos aviões supersônicos está chegando ao fim e que as condições mais vantajosas da extensão do mesmo são por tempo limitado.

Representantes dos partidos do governo, o Democratas Cívicos (ODS) e o TOP 09, e a oposição formada pelos sociais-democratas (CSSD) e os comunistas (KSCM), disseram no domingo (11/8) que a decisão sobre o prolongamento do contrato só deve ser tomada pelo governo que emergirá da eleição antecipada, a ser realizada no próximo outono.

“Terei prazer em deixar [a decisão] para o próximo governo, mas se houver um grande grau de certeza de que isso levaria a um agravamento das condições [contratuais] para a República Checa, este governo fará a aprovação”, disse Rusnok.

O atual contrato de dez anos sobre o “leasing” de 14 Gripens por 20 bilhões de coroas (US$ 1 = 19,467 coroas) foi assinado por representantes das Forças Armadas, em junho de 2004. A primeira aeronave voou no país em abril de 2005.

O governo do Rusnok declarou que está pronto para concluir as negociações sobre o prolongamento do “leasing” dos Gripen após 2015.

FONTE: Prague Daily Monitor (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)

IMAGENS: FMV e Ministério da Defesa da República Tcheca

NOTA DO EDITOR: relembrando um pouco o caso da renovação do “leasing” dos Gripen tchecos, o vencimento do contrato em vigor ocorrerá no final deste ano. As possibilidades de extensão do contrato variam entre prazos de três a onze anos e entre 5 e 14,5 bilhões de coroas, segundo a imprensa tcheca. Mas além da questão financeira, existia um problema político. O primeiro ministro Rusnok (citado no texto acima) foi indicado pelo presidente Milos Zeman em julho, após a saída de Petr Necas, ocupante do cargo anteriormente. Necas mostrava-se contrário ao acordo de renovação, devido ao mesmo ter sido assinado pelo gabinete anterior, do qual era opositor.

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