O americano Phillip Steel, 48 anos, um morador da pacata cidade de Deer Trail (situada a 90km a leste de Denver, capital do estado do Colorado) aparentemente cansou de atirar em patos. Seu objetivo agora é derrubar aviões não tripulados, os chamados drones.

Ele é o autor de uma proposta para oficializar o “tiro ao drone”. Mas tudo devidamente regulamentado. As licenças custariam 25 dólares cada e a cidade apoiaria a iniciativa antiaérea, pagando cem dólares por cada drone abatido (desde que o autor do feito apresente peças identificáveis do objeto abatido e a licença válida, é claro).

Para quem acha que isto não passa de uma piada de mau gosto, Steel já conseguiu 28 assinaturas, o que representa algo como 10% dos eleitores da modesta cidade do Colorado. Pelas leis daquele estado norte-americano, esta proposta deve ser oficialmente considerada pelas autoridades locais, o que deve ocorrer no próximo mês. As autoridades podem adotar a iniciativa e transformá-la em lei ou criar um referendo sobre o assunto, a ser votado no outono.

A proposta de Steel é na verdade um protesto simbólico contra os pequenos drones civis que estão entrando em uso nos Estados Unidos. Embora reconheça que é improvável que haja qualquer drones em uso perto Deer Trail, ele não quer sua privacidade molestada. “Eu não quero viver em uma sociedade vigiada. Eu não me sinto como se estivesse em uma prisão virtual”, disse Steel. “Este é um ataque preventivo”.

Em resposta, a FAA (Federal Aviation Administration) informou que pessoas que disparam armas de fogo em drones estão colocando em risco o público em geral e a propriedade alheia e poderiam ser processadas ou multadas. Um drone “atingido por tiros poderia falhar, causando danos a pessoas ou bens no solo, ou poderia colidir com outros objetos no ar”, disse o comunicado. “Atirar em um avião não tripulado poderia resultar em responsabilidade penal ou civil, tal como em um avião tripulado”. A FAA  lembrou ainda que ela regula o espaço aéreo do país, incluindo o espaço aéreo sobre as cidades e vilas.

Sobre o comunicado da FAA, Steel disse: “a FAA não tem o poder de fazer a lei”.

FONTE: STL Today (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

IMAGEM: http://www.secretsofthefed.com

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