Gripen na República Tcheca: com saída do primeiro ministro Necas, contrato de ‘leasing’ deverá ser renovado
O ministro da Defesa da República Tcheca, Vlastimil Picek, anunciou planos para estender o “leasing” de caças suecos Saab JAS 39 Gripen, em uso no país. A informação foi veiculada na última segunda-feira (15 de julho) pelo site Defense News, a partir de nota da agência tcheca CTK.
O ministro disse que o novo contrato será mais vantajoso para o país, e que a proposta de extensão do contrato será submetida após o gabinete do primeiro ministro Jiri Rusnok receber o voto de confiança do Parlamento Tcheco. O primeiro ministro Rusnok foi indicado pelo presidente Milos Zeman em 10 de julho, após a saída do anterior ocupante do cargo, Petr Necas. Agora, Rusnok tem 30 dias para requisitar o voto de confiança.
O atual contrato de “leasing”, assinado em junho de 2004 entre os governos da Suécia e da República Tcheca, tem validade até 2014 e custo de cerca de 19,6 bilhões de coroas tchecas (aproximadamente (984 milhões de dólares) para o aluguel de 14 caças a jato Gripen, fabricados pela sueca Saab. As possibilidades de extensão do contrato variam entre prazos de três a onze anos e entre 5 e 14,5 bilhões de coroas, segundo a imprensa tcheca.
FONTE: Defense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS: Ministério da Defesa da República Tcheca
NOTA DO EDITOR: por diversos momentos, o ex-primeiro ministro tcheco Petr Necas vinha se mantendo como um entrave à renovação do contrato, devido ao mesmo ter sido assinado pelo gabinete anterior, do qual era opositor. Necas chegou a afirmar que os caças eram incompatíveis com a OTAN e que não podiam ser reabastecidos em voo. Com o tempo e as evidências de satisfação dos militares tchecos com o equipamento, incluindo a realização de sucessivas operações no âmbito da OTAN e de operações de reabastecimento em voo, Necas passou a declarar que os tchecos estavam satisfeitos com os caças, porém prosseguia numa postura de difícil negociação (veja links abaixo). É significativo que, logo após sua saída do governo, o assunto volte à pauta. Outro operador de Gripen por meio de “leasing”, a Hungria, já havia estendido seu contrato no início do ano passado, para mais dez anos.
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