Ministro da Defesa da Bolívia lamenta revista de aviões da FAB

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O governo da Bolívia lamentou nesta quarta-feira o incidente ocorrido com o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em 2011, quando o ministro da Defesa, Celso Amorim, realizava um visita oficial a La Paz, e anunciou medidas “drásticas” caso estes “excessos” voltem a acorrer.

“O governo boliviano lamenta os incidentes ocorridos no segundo semestre de 2011 em ações operacionais da Força Especial de Luta contra o Narcotráfico (FELCN) da Bolívia em aviões da FAB”, assinalou o ministro de Defesa do país, Rubén Saavedra.

A nota acrescentou que, “uma vez que a Chancelaria foi informada sobre estes fatos, realizou reuniões conjuntas com a embaixada do Brasil” para “coordenar ações que permitiram felizmente superar estes incidentes” e que não ocorreram “episódios similares” desde então.

“O governo boliviano adotará medidas drásticas contra excessos em aeroportos bolivianos, mesmo os relacionados ao operacional da FELCN, para respaldar todo cidadão do país ou estrangeira”, concluiu Saavedra ao ler o comunicado.

O governo boliviano também negou que o avião de Amorim foi revistado em outubro de 2012, quando as autoridades bolivianas, segundo a imprensa do país, procurava o senador opositor Roger Pinto, refugiado há mais de um ano na embaixada do Brasil em La Paz e a quem o governo já concedeu asilo político.

Ontem, em comunicado, o Ministério da Defesa reconheceu que houve “ações que configuraram violações da imunidade de aeronaves por parte de autoridades bolivianas”, “uma delas com o avião que levou o ministro da Defesa em uma viagem oficial a La Paz no final de outubro de 2011”.

A notícia da revista no avião de Amorim vem à tona em um momento em que a comunidade internacional se solidariza com o presidente Morales, cujo avião presidencial foi impedido de sobrevoar e aterrissar em vários países da Europa, fato que deixou o presidente boliviano retido 13 horas em Viena durante seu retorno da Rússia.

FONTE: EFE, via portal Terra

FOTO: opinion.com.bo

NOTA DO EDITOR: foi necessário que o acontecimento viesse a público através da imprensa livre para que o Governo Federal do Brasil emitisse uma nota explicativa, e a Bolívia se manifestasse sobre o assunto publicamente QUASE DOIS ANOS depois do incidente diplomático.

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