Caças Gripen da SAAF não possuem contrato de apoio desde abril

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Guy Martin

A Força Aérea da África do Sul (SAAF) não possui mais contrato de apoio com a Saab para manter os seus caças Gripen, pois o contrato até então vigente expirou.

Magnus Lewis-Olsson, Presidente da Saab na África do Sul, informou ao site defenceWeb durante a conferência “Land Forces Africa”, ocorrida em Pretoria ontem, que a SAAF estava vivendo de contratos de apoio intermediários, mas desde abril ela não possui qualquer tipo de suporte.

Lewis-Olsson disse que a Saab espera firmar um novo contrato de apoio e suporte logístico nos próximos meses.

Ele está preocupado com a possibilidade da SAAF não ser capaz de operar Gripen sem um contrato de apoio – a força aérea no momento encarrega-se do trabalho de manutenção, mas isto não é bom para a aeronave voar por longos períodos sem manutenção apropriada e apoio.

A África do Sul encomendou 28 caças Gripen C & D em 1999 como parte de um pacote estratégico de defesa. A encomenda foi posteriormente reduzida para 26. Os Gripen foram comprados juntamente com um pacote que incluía 24 jatos de treinamento BAE Systems Hawk Mk120. Em 2007 o custo da aquisição dos Gripen foi avaliado em R19.908 bilhões. Em agosto de 2011, a SAAF gastou R151 milhões em apoio ao Gripen.

Em março a ministra da Defesa e dos Militares Veteranos, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, disse ao Parlamento que 12 dos caças Gripen estavam armazenados. Isto ocorreu porque a SAAF não tinha os recursos necessários para mantê-los.

Ainda em 2010 quando Lindiwe Sisulu era ministra da pasta, ela alertou que a falta de recursos para manter os aviões poderia deixá-los no chão. Naquele ano o relatório anual do Departamento de Defesa também alertou que “combinados com os recentes cortes de recursos no médio prazo, a força aérea só poderá manter os jatos Hawk”.

“Sem o fornecimento de recursos adequados, a força aérea não será capaz de cumprir suas missões ou de apoiar o governo nas suas iniciativas no médio e no longo prazo. A indesejada realidade é que uma parte desses caças tenha que ser armazenada por longo tempo, e que certas capacidades, unidades e bases talvez sejam fechadas”, informou o relatório.

FONTE: defenceWeb, via site não-oficial da SAAF (tradução e adaptação do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: SAAB

NOTA DO EDITOR: não basta comprar, é preciso recursos para manter caças.

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