Um avião cargueiro da Força Aérea Brasileira (FAB) desembarca hoje em Roma, na Itália, para buscar dois papamóveis, que serão usados pelo papa Francisco durante sua visita ao Brasil este mês. O transporte dos carros blindados está sendo custeado pelos cofres públicos, com recursos da Aeronáutica, que não divulgou os valores, com base na alegação de que o “custo da hora de voo de aeronave militar é considerado informação estratégica e, por isso, não é divulgado”.

O papa Francisco vai participar da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. Ele ficará no país entre os dias 22 e 28. No dia 24, o papa deve visitar o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo. A Aeronáutica informou ao Correio que o avião Hércules C-130 decolou na terça-feira de Fortaleza, pousou ontem em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, para uma escala técnica, e tem a previsão de chegar hoje à capital italiana para buscar os papamóveis. A aeronave deve pousar no Rio na próxima segunda-feira e levará os veículos de volta à Itália no fim do mês.

No Rio de Janeiro, o papa Francisco não vai usar carro aberto em seus deslocamentos. Ele deve circular pela cidade em um modelo novo do papamóvel, que é fechado e tem vidros blindados. Uma fonte da Igreja Católica destaca que o veículo será trazido e usado por motivos de segurança do pontífice.

O papa recebeu, na semana passada, da Mercedes-Benz, as chaves de um dos veículos que será usado na visita ao Brasil. O papamóvel, que está no Vaticano, foi feito exclusivamente para o pontífice. De acordo com informações da FAB, esta não é a primeira vez que aeronaves militares são usadas para o deslocamento do papamóvel. Em 2007, dois carros de modelo semelhante foram trazidos de Roma, para uso do papa Bento XVI pelas cidades de São Paulo e de Aparecida (a 167km da capital paulista).

Procurada, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) não quis comentar o transporte dos papamóveis pela FAB. A assessoria de imprensa da Jornada Mundial da Juventude também não se manifestou. (DA)

FONTE: Correio Braziliense,via Resenha do EB

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