Motivo de viagem de Renan com jato oficial contraria regra da FAB
A Folha apurou que Calheiros especificou como “missão institucional” o motivo da viagem a Trancoso no ofício encaminhado à Aeronáutica. No formulário padrão, sugerido pela Aeronáutica, o solicitante precisa dizer se o motivo da viagem é “segurança ou emergência médica”, “serviço” ou “deslocamento para o local de domicílio”.
Segundo decreto que regulamenta o uso dos aviões por autoridades, as solicitações precisam atender a um desses três itens, que estão em ordem de prioridade.
Calheiros, contudo, não usa o modelo sugerido pela FAB para solicitar voos, no qual os três itens estão expressamente listados e precisam ser selecionados.
A assessoria do senador não respondeu aos questionamentos da reportagem. Também flagrado usando avião da FAB para viajar com a noiva e amigos, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) segue o padrão da FAB.
Ele marcou o item “serviço” ao pedir um avião para 14 pessoas com destino ao Rio, mesmo tendo ficado longe dos camarotes oficiais durante a final da Copa das Confederações, no último fim de semana, segundo a assessoria do deputado.
Renan e Alves devolveram aos cofres públicos o dinheiro das viagens, reveladas pela Folha. O ministro da Previdência, Garibaldi Alves, que usou jato da FAB para ir ao Rio, onde assistiu à final da Copa das Confederações, também ressarcirá a União.
FONTE: Folha de São Paulo