Vem aí a tesourada de 15 bi, prometendo também cortar ‘viagens e passagens’

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Mantega anuncia cortes de R$ 15 bilhões nas despesas do governo

Cortes de até R$ 15 bilhões, envolvendo principalmente despesas de custeio, serão anunciados na próxima semana, conforme antecipou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil da TV Globo.

“Não haverá cortes em investimento nem nos serviços sociais do governo”, acrescentou o ministro na entrevista. Segundo ele, os cortes ocorrerão em viagens e passagens, material permanente, serviço de terceiros e aluguéis. Hoje, pela manhã, ao chegar ao Ministério da Fazenda, Mantega não quis falar aos jornalistas sobre o assunto.

De acordo com o ministro, o governo acompanhará o impacto dos cortes ao longo do ano. Se houver necessidade, novos cortes – mas não aumento de impostos – serão feitos. Mantega disse que “o importante é cumprir a meta de 2,3% (de superávit primário), e ela será obtida a qualquer custo”.

A meta de superávit primário corresponde ao pagamento de juros da dívida pública, valor que compensa a perda de arrecadação com a redução de impostos ao longo do ano. O superávit primário é portanto a soma das receitas e despesas do governo, menos os gastos com pagamento de juros.

Não há data definida para anúncio de novos cortes no Orçamento, diz Mantega

O corte adicional no Orçamento Geral da União poderá ficar abaixo de R$ 15 bilhões, disse hoje (5) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, ainda não há definição de quando ocorrerá o anúncio. “Não há uma definição sobre o corte. Quando houver, avisarei a todos.”

Mais cedo, em entrevista ao programa Bom Dia Brasil, da TV Globo, Mantega tinha dito que o corte, de até R$ 15 bilhões, seria anunciado na próxima semana. O ministro negou ainda que o corte chegue efetivamente aos R$ 15 bilhões. “Disse (na entrevista à Rede Globo) que o valor seria abaixo disso”, limitou-se a declarar. “O corte sai assim que tivermos uma proposta.”

Em maio, a equipe econômica anunciou o bloqueio de R$ 28 bilhões de verbas do Orçamento Geral da União de 2013. Na ocasião, o ministro Mantega declarou que o corte seria suficiente para alcançar a meta reduzida de superávit primário – economia para pagar os juros da dívida pública – de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) para este ano.

Na entrevista à TV Globo, no entanto, Mantega disse que o governo acompanhará o impacto do bloqueio de verbas ao longo do ano e não descartou novos cortes para cumprir a meta ajustada de superávit primário. Segundo ele, o contingenciamento (bloqueio) adicional atingiria despesas de custeio (manutenção da máquina pública), como viagens e passagens, material permanente, serviço de terceiros e aluguéis.

FONTE: Agência Brasil

COLABOROU: Baschera

NOTA DO EDITOR: aos leitores peço desculpas pela aeronave “vintage” da foto feita em caráter ilustrativo para a matéria, mas não possuo nenhuma maquete de jato do GTE para combinar melhor com o momento atual e a referência a cortes em “viagens e passagens” do texto original. Os títulos originais das duas matérias deste “clipping” são os subtítulos.

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