Fontes do Poder Aéreo informaram que os últimos KC-137 operados pelo 2º/2º GT, o “Esquadrão Corsário” estão “groundeados”, ou seja, não estão voando. A ordem teria vindo de Brasília, que teme por um novo acidente com esta aeronave, gerando impactos políticos negativos para o Governo. No último mês de maio o “FAB 2404” teve uma pane em um dos motores e o piloto abortou a decolagem. A aeronave ainda teve o trem do nariz danificado e se arrastou para a lateral da pista do aeroporto Internacional Toussaint Louverture, em Porto Príncipe (Haiti).

O 2º/2º GT operava inicialmente quatro KC-137 para transporte e reabastecimento aéreo, quantidade suficiente para poder revezar as manutenções dos mesmos (em revezamento, um deles sempre estava passando por manutenção mais pesada) . Esse número diminuiu há alguns anos, quando o FAB 2403 foi desativado para servir como fonte de peças para as outras aeronaves. Com o acidente do FAB 2404, restaram o FAB 2401 e o FAB 2402, sendo que este último quase não se via operando.

Felizmente o substituto dos KC-137 já foi decido. Em 16 de março deste ano o Comando da Aeronáutica divulgou nota informando que a proposta da empresa israelense IAI havia sido escolhida como a proposta vencedora do programa KC-X. A IAI deverá adquirir e converter duas aeronaves comerciais modelo Boeing 767-300ER em plataformas de reabastecimento em voo, transporte estratégico de carga e tropa e evacuação aeromédica, de acordo com os requisitos formulados pela Força Aérea Brasileira.

Mas há temores de que “forças ocultas” acabem cancelando este negócio, postergando ainda mais a substituição dos KC-137. Esta informação foi recentemente publicada na revista Asas e também confirmada por uma fonte do Poder Aéreo. Há indícios de que determinados setores do Governo apoiam uma empresa concorrente.

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