Coelho da Páscoa, que trouxeste em 67?
Há 46 anos, por volta da Páscoa de 1967, a FAB recebia dezenas de jatos treinadores usados Lockheed AT-33 / TF-33 como solução “tampão” para equipar seus esquadrões de caça de primeira linha, em lotes que começaram a ser recebidos em fevereiro daquele ano.
A Força Aérea Brasileira já voava o T-33 desde meados da década anterior no Esquadrão “Pacau” (1º/4º GAV) à época baseado em Fortaleza, cuja principal missão era a conversão operacional. Porém, teve que estender sua utilização para os esquadrões de Santa Cruz (1º/1º GAVCA “Jambock” e 2º/1º GAVCA “Pif-Paf”) e de Canoas (1º/14º GAV “Pampa”), que receberam as versões adaptadas para missões de ataque para substituir seus caças F-8 Meteor, que estavam saindo do serviço por fadiga estrutural.
Para equipar essas unidades, a FAB recebeu lotes de AT-33 / TF-33 dos estoques dos Estados Unidos. Eram treinadores descendentes de um jato de combate (o F-80) também já operado pela FAB em Fortaleza, e que era considerado ultrapassado por outros caças de primeira linha do mundo desde o início da década de 1950.
Só ao longo da primeira metade da década seguinte os esquadrões de caça da FAB, finalmente, receberiam jatos considerados competitivos para a época, os Mirage IIIE e os F-5E.
Será que veremos essa história de caça “tampão” mais uma vez? Há quem acredite que sim, há quem acredite que não, há quem acredite no programa F-X2 e há quem acredite em Coelho da Páscoa! E você, em que acredita?
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