Dassault conversa sobre Rafale com o Canadá desde janeiro, diz CEO
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Chances do Rafale no país seriam suficientemente boas para justificar uma campanha de venda, segundo o diretor executivo da empresa, Eric Trappier
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Após coletiva de imprensa em que divulgou resultados financeiros de 2012, reportando um lucro 25% maior devido à entrega de 66 jatos executivos Falcon, a Dassault Aviation francesa informou sobre conversações envolvendo o Canadá, relacionadas a seu caça Rafale. Segundo Eric Trappier, diretor executivo (CEO) da empresa, o Canadá começou conversações com a Dassault a respeito do jato de combate, no contexto dos recentes custos do F-35 da Lockheed Martin, com o qual o país estava comprometido até recentemente. As informações são de reportagem da Bloomberg, publicada na quinta-feira, 14 de março.
Segundo Trappier, as conversações começaram em janeiro, e a Dassault considera as chances do Canadá fazer uma compra suficientemente boas, a ponto da companhia estar disposta a investir numa campanha de vendas. “O Canada foi o primeiro (país) a levantar questões difíceis sobre o F-35 e estamos conversando com eles desde o começo do ano”, disse Trappier, CEO da empresa desde janeiro.
Em dezembro do ano passado, a ministra de obras públicas do Canadá, Rona Ambrose, já havia imformado que o país tinha “apertado o botão de ‘reset'” no acordo de compra de 65 caças F-35, após a consultoria KPMG relatar que os gastos de 25 bilhões de dólares estimados nesse negócio pulariam para 46 bilhões.
Outros países que, como o Canadá, estão envolvidos com o programa do F-35, podem estar menos inclinados a considerar a “saída das fileiras” em que formam junto aos EUA, afirmou também o CEO da Dassault. Ainda segundo a reportagem da Bloomberg, há 10 países que são clientes do F-35, sendo que a Austrália, Holanda, Itália, Noruega, Reino Unido e Turquia são parceiros que dividem trabalhos do projeto, “status” ao qual se somam o Canadá e a Dinamarca. Este último país também reabriu o processo de compra para considerar outras alternativas, mas não incluiu o Rafale entre elas.
Atualmente, a Dassault produz 11 caças Rafale por ano para o Governo Francês, e não poderia diminuir esse número sem sacrifício da qualidade, afirmou Trappier, que ressaltou na coletiva de impreensa que a participação do Rafale no conflito da Líbia e, mais recentemente, no Mali, mostrarão a autoridades militares exemplos de sua habilidade de combate.
A reportagem da Bloomberg lembrou, porém, que o Rafale ainda precisa conseguir finalizar um contrato de exportação, fazendo uma comparação com o seu prececessor Mirage, também da Dassault, que conseguiu dois terços de suas encomendas fora da França. Atualmente, a Dassault ainda negocia com a Índia para finalizar o contrato de venda de 126 caças Rafale, após os indianos terem selecionado a aeronave. O Rafale é considerado pelos Emirados Árabes Unidos para uma compra de 60 aeronaves, apesar de outros modelos estarem na disputa, e o caça da Dassault também concorre para um contrato no Brasil, onde seus concorrentes são o F/A-18 Super Hornet da Boeing e o Gripen da Saab.
FONTE: Bloomberg (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)
FOTOS: Dassault
COLABOROU: Corsario 137
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