Super Tucano no programa LAS: contrato da Embraer nos EUA é paralisado
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Medida foi tomada após a fabricante americana Beechcraft questionar a licitação de US$ 428 milhões vencida pela empresa brasileira – ordem de interrupção é procedimento padrão, segundo reportagem do Estadão
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Em comunicado, Gulick destaca: “A Força Aérea emitiu uma ordem de interrupção dos trabalhos na segunda-feira.” Apesar da ordem de interrupção, o porta-voz defendeu a escolha pela Força Aérea americana do consórcio formado por Embraer e Sierra Nevada para o fornecimento dos aviões que serão usados pelos EUA no Afeganistão. Gulick destacou que a Força Aérea, ao declarar vencedor esse consórcio, tomou a decisão “bem fundamentada” e que avaliou “de forma completa e justa” as outras propostas recebidas.
A ordem de interrupção dos trabalhos é um procedimento padrão, que se segue quando um concorrente questiona o resultado de uma licitação. Pelo contrato, a americana Sierra Nevada e a brasileira Embraer devem fornecer 20 aeronaves Super Tucano, no valor inicial de US$ 428 milhões. O contrato, porém, pode chegar a US$ 950 milhões, dependendo da demanda futura da Força Aérea por novos aviões.
Empregos
Na última sexta-feira, a Beechcraft, que acaba de sair de uma concordata, anunciou que abriria uma ação formal no Escritório de Contabilidade do Governo dos EUA contra a decisão da Força Aérea. Segundo um comunicado da empresa, cerca 1,4 mil postos de trabalho no Kansas e em outros Estados estão em perigo devido à decisão da Força Aérea, que estaria transferindo a geração de empregos para o Brasil. A Embraer, porém, já informou que os aviões serão produzidos nos EUA, com geração de exatamente 1,4 mil empregos.
Depois que o processo entrar no Escritório de Contabilidade do governo dos EUA, os auditores têm até 100 dias para rever o caso e tomar uma decisão, destacou o porta-voz da Força Aérea.
Esta é a segunda vez que a Beechcraft Corporation tenta atrapalhar a venda de aeronaves a Força Aérea americana pela Sierra Nevada e a Embraer. Em 2011, as duas ganharam a licitação para o mesmo contrato, mas a então Hawker Beechcraft entrou na Justiça contra a decisão e o governo decidiu cancelar a licitação e fazer outra, após descobrir “deficiências no processo e documentação que não poderiam confirmar a adequação” da decisão de declarar as duas empresas vencedoras.
Em 27 de fevereiro, a Sierra Nevada e a Embraer foram novamente declaradas vencedoras do contrato. Gulick destaca que o processo de licitação começou em maio de 2012 e um novo time cuidou da avaliação.
FONTE: Estadão
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