Gripen na Suíça: ‘culpa’ por não aprovarem verba cai em político do FDP
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Parlamentar favorável à aquisição do Gripen, do partido FDP, faltou à votação – apesar de aprovada a compra, por apenas um voto não foi aprovada a verba – outro parlamentar do mesmo partido se absteve, e um terceiro, do CVP, também faltou
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Segundo o jornal suíço Tages Anzeiger, a falta de votos de três parlamentares do Conselho dos Estados (Senado) do país não permitiu que a compra do caça sueco Gripen fosse sacramentada, tanto com a aprovação da aquisição (que ocorreu) quanto com a da liberação da verba (que não ocorreu por falta de apenas um voto).
O jornal foi atrás do trio para buscar suas explicações para faltar à votação ou se abster, pois os três já haviam se pronunciado a favor da compra do caça. Seria um acidente? Ou foi uma manobra política calculada? Martin Schmid, do partido FDP (sigla em alemão para o antigo “Freisinnig-Demokratische Partei”, que desde 2009 se autodenomina “Die Liberalen”), disse que não compareceu pois tinha uma importante reunião. Jean-René Fournier, do CVP, aparentemente se ausentou devido a uma reunião do painel de seguros da Helvétia – e teria avisado de sua ausência com bastante antecedência, embora estivesse comprometido com a compra de caças.
Já Ticino Fabio Abate, outro membro do FDP, compareceu mas se absteve de votar. Este informou que se absteve por não se satisfazer com a qualidade do dossiê sobre o assunto. Abate (nota do editor: nome curioso, pois pode-se dizer que sua abstenção “abateu” a aprovação das verbas) disse que não está claro que efeito a compra de caças terá em outras áreas da defesa, e que por isso não poderia concordar.
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Enquanto isso, embaixador sueco e Saab permanecem otimistas quando à aquisição do Gripen pela Suíça
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O embaixador sueco Thöresson, cujo escritório fica a cinco minutos do Parlamento Suíço, vem acompanhando de perto. E, no balanço entre a aprovação da compra do caça pelo Conselho dos Estados, porém sem ter conquistado a maioria na votação para aprovar a verba, ele permanece otimista quanto ao negócio chegar a um bom termo. Ele esperava uma maior quantidade de votos favoráveis à aquisição, mas sua experiência de seis anos na Suíça indica que as coisas andam devagar na política local.
O embaixador permanece otimista e tranquilo, pois acredita que a Suíça está dizendo sim à compra do caça pois um sistema ao mesmo tempo “melhor e mais barato” não existiria hoje. Também otimista permanece a empresa Saab. O porta-voz da companhia, Mike Helmy, disse que apesar dessa recente dificuldade, tudo permanece nos trilhos: “É o direito das instituições suíças decidirem o que consideram correto, e respeitamos isso.” As aquisições do novo Gripen E pela Suécia e pela Suíça estão interligadas, pois se esta última resolver não comprar o caça, o Governo Sueco poderá também desistir de sua decisão de adquiri-lo.
A votação também foi acompanhada de jornalistas suecos, pois esse debate na Suíça é acompanhado com grande interesse em seu país. O negócio é muito importante para a Suécia, na opinião de Christopher Wendig, da TV sueca. Isso porque também há um debate no país, com muitos se mostrando contrários a gastar no programa da nova geração do jato. Assim, uma decisão na Suíça também vai influenciar o debate na Suécia.
FONTES: Tages Anzeiger e SFTV (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em alemão)
FOTOS: Departamento de Defesa da Suíça
NOTA DO EDITOR: mais uma vez, pedimos desculpas ao leitores pela exploração do nome do partido em alemão no título e texto, mas é quase impossível resistir.
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