Essa bateria eu garanto
O Pentágono informou que as baterias de íons de lítio do F-35 não são do mesmo fabricante das baterias do Boeing 787 e que não pretende substituir o componente ou suspender os voos, mas ajustes no software foram necessários.
O Pentágono informou que planeja continuar utilizando baterias de íons de lítio nos caças F-35 mesmo após problemas com baterias semelhantes que causaram a suspensão dos voos do jato comercial da Boeing, o 787. A Airbus está reavaliando o uso deste tipo de bateria em seu jato A350.
Joe DellaVedova, porta-vos do escritório do F-35 no Pentágono informou na terça-feira que as baterias de íons de lítio usadas no caça furtivo de 5ª geração são produzidas por fabricantes diferentes daquelas utilizadas no 787,e que as mesmas foram rigorosamente testadas.
DellaVedova informou ainda que existem irregularidades com algumas baterias que não funcionavam bem no frio, mas nada relacionado à segurança do voo.
Segurança da Bateria
Duas das maiores baterias de íons de lítio do F-35 são produzidas pela francesa Saft Groupe SA, que também fabrica as bateria para aviões da Airbus. A Saft no mês passado expressou confiança de que as baterias fabricadas por ela são seguras.
Mas indivíduos do ramo disseram que autoridades da Airbus estão reavaliando o emprego de baterias deste tipo no projeto do A350, que será o segundo maior avião de passageiro a voar com baterias de lítio-íon como sistema redundante para energia, tecnologia que o Dreamliner foi pioneiro.
DellaVedova continuou informando de que não há planos para substituir as baterias de lítio-íon do F-35 pelas pesadas baterias de níquel-cádmio.
Os problemas com as baterias do F-35 estão relacionadas com situação em solo, quando algumas aeronaves falharam durante o acionamento sob temperaturas ambientes em torno de 10ªC ou menos, disse DellaVedova.
Ele citou “pequenas irregularidades” relacionadas com o software da unidade de controle de carga da bateria e o reparo está em andamento para os caças que estão na linha de produção e serão atualizados nas aeronaves já produzidas. O problema não está relacionado com a bateria em si, disse ele.
No momento, as medidas adotadas para contornar o problema estão relacionadas com o aquecimento do entorno da bateria durante dias frios antes do acionamento.
Uma fonte informou que a equipe de manutenção da Base Aérea de Eglin, na Flórida ,andou utilizando espaçadores térmicos em alguns caças. O processo necessita da remoção de um dos painéis furtivos do revestimento da aeronave. “Este não é o tipo de coisa ideal quando se fala de um caça que precisa estar pronto para partir assim que recebe a ordem”, informou a fonte, que não estava autorizada a falar sobre o assunto.
Em paralelamente, o Pentágono informou que suspendeu na última terça-feira a ordem de manter as aeronaves F-35B em solo, dada no dia 18 de janeiro.
O vice-almirante David Dunaway, chefe do Comando de Sistemas Aéreos da Marinha informou que foram feitas inspeções nos componentes que apresentaram falhas e suspendeu as restrições impostas a 16 caças utilizados no programa de ensaios em voo.
FONTE: Chicago Tribune (tradução e edição do Poder Aéreo a partir do original em inglês)