… mas a razão dele é triste

 

Ontem (segunda-feira, dia 4 de fevereiro de 2013) o blog do Poder Aéreo bateu mais um recorde de acessos (ou “page views”) diários. E este recorde superou um outro estabelecido no começo de ano passado.

No dia 31 de janeiro de 2012 foi anunciada a vitória do caça francês Rafale da Dassault no programa indiano MMRCA e, por esse motivo, foi grande a procura, tanto de curiosos como de entusiastas da aviação, por mais informações. Mas também diversos órgãos da mídia nacional que vasculharam a internet em busca dos dados. E é com orgulho que podemos dizer que muitas dessas pessoas acessaram o site do Poder Aéreo para saber informações da vitória do Rafale na Índia. Por este motivo atingimos a marca de 36.867 ‘pageviews’ naquele dia.

A marca do início do ano passado superava outra atingida no início de 2010, quando divulgamos o primeiro voo de um caça de quinta geração  russo, o PAK FA (35.370 “page views”no dia 29 de janeiro de 2010). Parece que início de ano é um bom momento para quebra de recordes.

E com muita satisfação anunciamos a marca de 47.110 “page views” atingida ontem, que supera com larga vantagem a marca obtida no ano passado. Fomos pesquisar o porquê desta enorme procura. Infelizmente não se trata de nenhum grande evento da aviação mundial. Ao contrário, trata-se de um episódio muito corriqueiro e que se não fosse por alguns detalhes passaria despercebido do grande público.

Foi na noite do domingo, dia 3 de fevereiro que “postamos” o clipping sobre o desligamento de uma oficial aviadora da FAB após ela ter sido aprovada no concurso para auditora da Controladoria Geral da União. Já naquelas últimas horas do final de semana notamos um aumento incomum nos acessos ao blog. No dia seguinte veio a avalanche de acessos.

Não sabemos o motivo da mudança, e também não nos interessa entrar no íntimo desta decisão. Mas o que nos importa é este movimento de jovens militares com capacidade muito acima da média deixando a Força.

Anualmente centenas de militares deixam as Forças Armadas em busca de outras oportunidades. Os motivos são os mais diversos, mas deve-se atentar para a seguinte questão. Dentre todos os funcionários públicos federais, aqueles que recebem o menor salário médio são os militares.

As Forças Armadas gastam milhões de reais para treinar estes jovens brasileiros que operam e dão manutenção e apoio para equipamentos ainda mais caros. Mas o Estado remunera estes jovens de forma inadequada, principalmente se comparado com outras carreiras públicas. Será que teremos um “apagão” de material humano antes do “apagão” dos caças?

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