O ministro do Poder Popular para Relações Interiores e Justiça, general de brigada (Guarda Nacional) Nestor Reverol Torres, informou em nota à imprensa que a Venezuela incorporará meia dúzia de aviões Tucano “para incrementar a luta antidrogas no país e melhorar a segurança aérea do território nacional”.

Segundo Reverol, a incorporação dos Tucanos representará um investimento de 27 milhões de bolívares (algo como 6,3 milhões de dólares), que será custeado com recursos do Fundo Nacional Antidrogas. Os aviões seguirão para a Força Aérea e terão a tarefa de detectar voos ilícitos dentro do espaço aéreo venezuelano.

O ministro não precisou se os aviões seriam comprados ou se seriam recuperados aqueles que a FAV já possui.

Em 1986 a FAV adquiriu 32 aviões Embraer EMB-312 Tucano, sendo que 20 deles seguiram para o Grupo de Treinamento Aéreo Nº 14 e outros 12 para o “Grupo Aéreo de Operaciones Especiales Nº 15”, onde completavam os trabalhos dos Rockwell OV-10E Bronco. Com a chegada dos OV-10A em 1991, os Tucanos do Grupo 15 foram transferidos para unidades de treinamento tático.

Na metade da década passada, com a vida útil dos Bronco chegando ao fim, a Venezuela negociou com o Brasil a compra de 24 a 36 aviões Embraer EMB-314 Super Tucano. Mas com o embargo norte-americano a venda não foi concretizada.

Com tal negativa, a Venezuela buscou novas fontes e acabou adquirindo 18 jatos Hongdu K-8W Karakorum de fabricação chinesa.

Por outro lado, a frota de Tucanos reduziu-se consideravelmente com o tempo, em função do atrito ao longo de 26 anos de operação. Houve também o veto norte-americanio para a compra de sobressalentes, reduzindo a disponibilidade das aeronaves. Meses atrás, apenas sete unidades estavam operacionais.

FONTE: Infodefensa (tradução e adaptaçã: Poder Aéreo)

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