Embraer eleva carteira de pedidos após um ano
Empresa recebeu encomenda de 20 aeronaves no quarto trimestre e conseguiu fechar 2012 com pedidos estimados em US$ 12,5 bilhões
A empresa anunciou a venda de 15 jatos regionais E-190 e 5 E-175, encerrando um jejum de grandes encomendas por companhias aéreas que já durava cerca de um ano.
Com as novas encomendas, a carteira de pedidos da fabricante teve leve crescimento, passando de US$ 12,4 bilhões, no fim de setembro, para US$ 12,5 bilhões, em dezembro.
O volume de entregas da Embraer no quarto trimestre caiu cerca de 7% sobre o mesmo período de 2011, para 76 jatos. Mas, na comparação com as 40 unidades despachadas no terceiro trimestre, os envios quase dobraram nos três últimos meses de 2012.
A companhia entregou 23 jatos para o segmento comercial e 53 unidades par aviação executiva no quarto trimestre, contra 32 jatos comerciais e 50 executivos no mesmo período de 2011.
Em todo o ano de 2012, a Embraer entregou 205 jatos, dos quais 106 comerciais e 99 executivos. Em 2011, as entregas somaram 204 unidades. A carteira de pedidos firmes terminou o ano passado com 185 jatos a entregar e 1.093 pedidos.
O piso da meta para entrega de aviões comerciais em 2012 era de 105 unidades, enquanto na aviação executiva, a meta mínima era de 90 unidades.
“A empresa conseguiu atingir a estimativa de entregas. Mesmo com cenário difícil em 2012, ela conseguiu ter números fortes”, disse Luis Gustavo Pereira, estrategista na Futura Corretora.
Perspectivas “No setor em que se encontra a Embraer é menos relevante o impacto no balanço no curto prazo do que a perspectiva da empresa no longo prazo”, diz o sócio-diretor da empresa de análise econômica Pezco Microanalysis, Cleveland Prates Teixeira, em referência à expectativa de investimentos na aviação regional do País.
No dia 20 do mês passado, o governo federal anunciou um pacote para a aviação regional com investimentos de R$ 7,3 bilhões. “Os aviões da Embraer se adaptam melhor à aviação regional”, afirma. “É bem provável que a demanda pelo tipo de aeronave da Embraer aumente significativamente nos próximos anos”, explica.
Pereira,da Futura, diz que o mercado estava cético com a ação da empresa, mas os dados trazem certo alívio ao investidor. “O cenário continua desafiador, mas mercado está dando um voto de confiança”, afirmou.
Em dezembro do ano passado, o presidente executivo da empresa, Frederico Curado, afirmou a jornalistas que a Embraer continuava com a estimativa de manter estável a produção em 2013. A escassez de pedidos vinha provocando questionamentos por parte de investidores sobre a possibilidade de interromper a produção.
FONTE/FOTO: estadao.com.br /Embraer