Firmado acordo entre a Boeing e o Pentágono sobre peças
defeituosas do F-15

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A Boeing concordou em fornecer US$ 1 milhão em peças de reposição para caças F-15 em um acordo confidencial depois que um avião se partiu em pleno ar, em 2007, de acordo com o inspetor geral do Pentágono.

Uma investigação conjunta entre o inspetor-geral e a Força Aérea concluiu que a Boeing forneceu peças defeituosas ou fora de especificação.

O acordo, feito quase cinco anos após o acidente, foi divulgado em uma passagem do relatório do inspetor-geral encaminhad ao Congresso no mês passado. O escritório de investigações especiais da Força Aérea e o serviço de investigações criminais do Pentágono realizaram a avaliação.

“Os produtos fora de especificação não só interromperam a prontidão e geraram desperdício de recursos econômicos, mas também ameaçaram a segurança dos militares e do governo”, disse o inspetor-geral em relatório.

O piloto no acidente do dia 02 de novembro de 2007, um membro da Guarda Nacional Aérea do Missouri, deslocou um ombro e teve um braço ferido enquanto ejetava após a secção dianteira do jato se desprender do restante da fuselagem.

A investigação conjunta “revelou que a Boeing forneceu peças defeituosas ou não conformes com a Força Aérea para o F-15”, de acordo com o relatório ao Congresso.

Uma longeron  falhou, fazendo com que a aeronave se partisse em pleno ae, durante uma missão de treinamento de vôo básico, de acordo com o relatório.

“O acordo entre a Boeing e a Força Aérea é coberto por cláusulas de confidencialidade que nos impedem de comentar, além de dizer que ele não inclui uma admissão de responsabilidade pela Boeing,” informou Patricia Frost, porta-voz da Boeing, em comunicado enviado por email.

Citando o acordo de confidencialidade, Frost recusou a dizer se as peças de reposição já foram entregues. Cada F-15 possui dois upper longeron e dois lower longeron que correm ao longo do comprimento da aeronave.

Todos os 441 caças F-15 da USAF foram “groundeados” após o acidente e as avaliações mostraram que 182 deles possuíam componentes estruturais importantes que não atendiam às especificações de fabricação originais.

A maioria dos F-15 retomaram o voo em fevereiro de 2008 depois de passar por inspeções adicionais enquanto as investigações eram iniciadas.

“A causa do acidente foi determinada por falha no upper longeron direito”, segundo o resumo do inspetor-geral da investigação.

As especificações do contrato determinam que os longerons devam ter 0,10 polegadas de espessura (0,25 centímetros), de acordo com o relatório.

A investigação revelou que os longarons fornecidos pela Boeing variaram de 0,039-0,073 polegada de espessura”, disse o inspetor-geral.

FONTE: Bloomberg (tradução e adaptação, Poder Aéreo a partir do original em inglês)

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