Gabinete da Bulgária autoriza compra de caças sem abrir concorrência

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Ministério da Defesa da Bulgária recebeu a autorização para negociar com fornecedores – caças poderão ser novos ou usados

Nesta quarta-feira, 19 de dezembro, a Novinite (Agência de Notícias de Sofia) noticiou que o Gabinete da Bulgária autorizou o Ministério da Defesa do país a negociar a aquisição de aviões de caça. O ministro da Defesa, Anyu Angelov, recebeu o mandato para realizar conversações com outros países para a aquisição das aeronaves para a Força Aérea Búlgara, sem a abertura de uma concorrência.

O ministro Angelov disse a respeito: “Não estamos realizando uma concorrência porque queremos preservar a oportunidade de comprar caças de segunda-mão. Não importa que governo fará a decisão final, o que importa é que esse governo seja informado baseado numa análise bem completa.” Assim, a compra de 8 ou 9 caças, que deverá ser o gasto público mais elevado do país nos últimos anos, será realizada sem uma concorrência formal com fornecedores. “Eu preciso relatar os resultados das conversações até 1º de março de 2013”, completou o ministro, que afirmou também que as negociações serão realizadas com potenciais fornecedores dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Itália, Suécia e Israel, entre outros países.

Estima-se que o gasto com a compra seja de 400 milhões de dólares, valor que ultrapassa o máximo que pode ser aprovado apenas pelo Gabinete. Por isso será necessário que o Parlamento também aprove a compra. Informações não oficiais divulgadas na imprensa búlgara dão conta de que o país está inclinado a comprar nove jatos F-16 usados de Portugal, com aproximadamente 30 anos de idade.

Já foi dito que o general brigadeiro Rumen Radev, vice-comandante da Força Aérea Búlgara e que está estudando as ofertas, afirmou que diversas das propostas atendem às necessidades do país, incluindo a compra de novos caças Gripen da Suécia, de F-16 usados de Portugal, assim como dos jatos Eurofighter Typhoon de segunda-mão da Itália. Nos últimos dois anos, foram essas as três opções mais aventadas pelo Governo Búlgaro.

A compra de caças pela Bulgária vinha sendo adiada por falta de fundos, pois ao invés do Ministério da Defesa receber um orçamento equivalente a 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), essa fatia foi reduzida para 1,2%.

FONTE: Novinite – Agência de Notícias de Sofia (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

FOTOS: Forças Aéreas Portuguesa, Sueca e Italiana

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