Especulação por especulação, qual seria o treinador citado pela ISTOÉ?

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Nesta madrugada de sábado, trouxemos aqui um “clipping” com matéria da edição 2248 da revista ISTOÉ, que indica que a escolha da FAB para o F-X2 é o F/A-18 E/F Super Hornet da Boeing, e que a presidente Dilma Rousseff estaria inclinada a atender a essa indicação, tomando a decisão até o final deste ano. Podemos dizer que, independentemente da preferência dos leitores por qualquer um dos três caças concorrentes, pelo menos essa parte da matéria a maioria deve concordar que é a melhor informação de todas, caso seja verdade: uma decisão realmente ocorrer até o próximo dia 31.

Nessa altura do campeonato do F-X2, é complicado debater sobre o que é especulação ou não, mas muitas vezes é o que resta. Especulação por especulação, há um ponto sobre o qual também seria interessantes especular. No trecho a seguir, é citado que um acordo da Embraer que pesaria na decisão envolve uma aeronave de treinamento: “Também está prevista a construção conjunta de um avião de treinamento para pilotos, que poderá ser vendido a países da América Latina, a integração de armamentos nos Super Tucanos e o desenvolvimento de um jato multiemprego de quinta geração para ser comercializado em nível mundial.”

Deixemos de lado, por enquanto, o “jato multiemprego de quinta geração” (mesmo porque a Boeing está buscando desenvolver a sexta geração), a integração de armamentos ao Super Tucano (assunto que já foi divulgado amplamente assim como a parceria para comercializar o KC-390) e pensemos nesse avião de treinamento. A única aeronave do tipo que se sabe, até o momento, que a Boeing tem interesse em desenvolver é um pequeno jato para o programa T-X da USAF (Força Aérea dos EUA), que visa substituir os treinadores T-38 (da família dos caças F-5).

O programa da USAF tem estado em “banho-maria”, mas fabricantes mundiais vêm mostrando seus produtos e fazendo campanhas, para oferecer soluções “de prateleira”, que seriam a princípio o objetivo de aquisição do programa. A Boeing é uma exceção: ao longo dos dois últimos anos, mais de uma vez apareceram na mídia especializada referências ao desenvolvimento pela Boeing de um jato para a concorrência (por exemplo, em reportagens na Flightglobal e na Aviation Week – clique nos links para acessar). A ideia seria, apesar de oferecer uma aeronave nova, manter a proposta competitiva evitando o uso de tecnologias ainda não comprovadas. Uma concepção já foi divulgada, e é a imagem que abre esta matéria.

Caso o treinador citado na eventual parceria com a Embraer tenha algum pé na realidade, poderia ser um jato como esse? Ou seria apenas um treinador primário? Qual a sua opinião sobre essa especulação?

FOTO via Flightglobal

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