Gripen: suecos fazem proposta de ‘leasing’ 10% mais barata para tchecos

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Segundo o jornal tcheco Lidovky.cz e a Reuters, a oferta de extensão do “leasing” de 14  jatos supersônicos Gripen da Saab sueca, atualmente em serviço na Força Aérea da República Tcheca, está agora 10% mais barata do que no meio do ano. As informações foram dadas pelo ministro da Defesa do país, Alexandr Vondra, em coletiva de imprensa realizada após o encontro do Conselho de Segurança Nacional na segunda-feira, 3 de dezembro.

A oferta vale até o final do primeiro trimestre de 2013 e uma decisão deverá ser tomada em acordo com a oposição, pois o contrato ultrapassaria o tempo do atual mandato. Segundo Vondra, a oferta mais barata foi um “claro progresso” e aviões de caça “são e continuarão sendo uma parte integrante das Forças Armadas da República Tcheca, essenciais para a soberania”.

Foram oferecidas três opções de “leasing”, uma válida para mais três anos, outra para cinco anos e uma terceira para dez anos.

As ofertas de extensão serão estudadas a fundo pelo tempo disponível, segundo Vondra, que anunciou sua saída do governo após perder as eleições do Senado em outubro. O preço para a extensão por dez anos é de 14 bilhões de coroas tchecas (724,26 milhões de dólares).  Em comparação, o “leasing” assinado em 2004, válido por dez anos, custou 19,6 bilhões de coroas.

FONTES: Lidovky.cz e Reuters (compilação, tradução e edição do Poder Aéreo a partir de originais em tcheco e inglês)

FOTOS: Ministério da Defesa da República Tcheca

NOTA DO EDITOR: a reportagem original do Lidovky.cz (clique no link da fonte para acessar) traz ao final uma cronologia do programa de aquisição, desde 1997, que levou ao “leasing” do Gripen. O texto está em tcheco.

Sobre o fato da nova proposta ser 10% mais barata que a anterior, parece que a afirmativa da primeira matéria da lista de links abaixo, sobre ser “um grande momento para pechinchar no mercado de caças”  está certa.

Está mais do que na hora do Brasil fazer a mesma coisa: escolher um fornecedor para negociar e pechinchar para iniciar de uma vez por todas a renovação da frota de caças da FAB. Exemplos de países por aí que tentam decidir e resolver o problema não faltam. Mas, por aqui, o que não tem faltado é criatividade em dar desculpas para adiar a decisão.

Só que as desculpas relacionadas a eleições no Brasil, França e EUA já não valem mais. Sobre a desculpa da crise mundial, a verdade é que vários países ditos “em crise” já estão crescendo mais do que o próprio Brasil, então também não vale colocar a culpa no resto do mundo. O que mais falta esperar?

Não é melhor assumir que o peso da culpa dos adiamentos está sobre os próprios ombros e encarar de uma vez a decisão? Não é hora de aliviar esse peso e eliminar essa sombra que se projeta sobre o futuro da FAB, a sombra do monstro da obsolescência que cresce apoiado nesses mesmos ombros indecisos?

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