Manter um caça de 5ª geração sai caro, mas tem suas vantagens
Comandante do ‘Air Combat Command’ fala sobre o avião de caça do futuro
A tecnologia furtiva não ficará obsoleta no curto prazo, disse uma autoridade da USAF (Força Aérea dos EUA).
“Nossos adversários estão construindo capacidades para localizar aeronaves furtivas,” disse o brigadeiro Mike Hostage, comandante do “Air Combat Command”, no Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos no dia 30 de novembro. “Mas não na mesma velocidade em que nós desenvolvemos habilidades para permanecer – não invisível, mas capazes de lidar com a visibilidade relativa e invisibilidade”.
Furtividade, continua Hostages, não significa que uma aeronave é invisível. Significa apenas que uma aeronave é difícil de ser identificada pelo inimigo. Isso permite que a aeronave chegue próximo ao alvo que ela deve engajar.
Mas enquanto os EUA buscam formas de tornar os caças furtivos mais difíceis de serem detectados e rastreados, existem também avanços na simplificação da manutenção da tecnologia de baixa obsevabilidade, disse Hostage. Uma aeronave furtiva inevitavelmente demanda custos e tempo de manutenção maiores do que caças não furtivos, mas o Lockheed Martin F-35 deve ser mais simples de se manter do que as aeronaves furtivas da geração anterior. No entanto, ele nunca será tão fácil de ser mantido como uma aeronave de quarta geração. “Manter um caça furtivo sempre será mais caro” disse Hostage.
Mas Hostage diz que, embora a tecnologia furtiva continuará evoluindo, isso não será sempre assim. “Eu tenho certeza que há um ponto sem ganhos em algum momento”, diz ele. “E é por isso que já estamos olhando para o que define a sexta geração.”
Haverá um caça de sexta geração em algum momento, que Hostage diz que teoricamente ocorrerá por volta de 2030. Ao contrário da quinta geração, onde Hostage diz que a tecnologia definitiva é a furtividade, pode não haver um determinado atributo que defina o que será a sexta geração. Poderia ser uma combinação de várias tecnologias emergentes, mas ainda é muito cedo para dizer. “Será algum tipo de capacidade em mudança”, disse Hostage. “Não será um crescimento interativo dessa capacidade”.
FONTE: Flightglobal (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)