Lucro líquido da Embraer salta 3.300% no 3º trimestre
Fabricante de aviões encerrou o terceiro trimestre de 2012 com lucro líquido consolidado de R$ 132,9 milhões
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 336,9 milhões entre julho e setembro de 2012, com expansão de 8,2% em relação ao mesmo intervalo do ano passado. A margem Ebitda foi de 11,8%, ante 13,7% apurada no terceiro trimestre do ano passado. No acumulado dos nove primeiros meses de 2012, o indicador totalizou R$ 1,125 bilhão, com margem Ebitda de 13,6%.
A receita líquida alcançada entre julho e setembro foi de R$ 2,849 bilhões, o que representa crescimento de 25,7% ante o mesmo trimestre de 2011. No acumulado do ano até setembro, a receita líquida totalizou R$ 8,283 bilhões, alta de 33,8% sobre igual intervalo do ano passado.
… mas para manter o ritmo da produção, novas encomendas são necessárias
A Embraer precisará fechar novas vendas de jatos comerciais nos próximos seis meses para manter o ritmo de produção de aeronaves em 2013 no mesmo patamar deste ano.
A chance mais próxima é uma possível encomenda da Delta Air Lines, que deve escolher ainda em 2012 o fornecedor que renovará sua frota de aviões regionais, disse nesta quarta-feira o presidente-executivo da fabricante brasileira, Frederico Curado.
A Embraer terminou setembro com carteira de pedidos (backlog) na aviação comercial de cerca de 6,2 bilhões de dólares, com 178 jatos civis a serem entregues a clientes –o equivalente a 1,5 ano de produção.
Alguns analistas questionam se a fabricante será capaz de manter a produção no segmento comercial nos níveis atuais, de pouco mais de 100 unidades neste ano, em um cenário de companhias aéreas postergando decisões de renovação de frota regional diante das incertezas na economia global.
Curado disse que a confiança da Embraer em manter o nível de produção é baseada no fato de a fabricante já ter iniciado outros anos em situação mais desconfortável de backlog do que agora.
“Há uma crescente atividade (comercial) com grandes companhias aéreas e regionais (nos EUA) sobre frotas”, afirmou.
Em seguida, em tom de cautela, o executivo disse que há risco pequeno de a Embraer ter que diminuir a produção no próximo ano, e que não existe chance de elevá-la.
Ele se recusou a informar a analistas quanto da linha de montagem de aviões comerciais já está ocupada em 2013 com o atual backlog, indicando apenas que a empresa tem os próximos seis meses para preencher espaços disponíveis na produção do ano que vem.
FONTE: Agência Estado, via EXAME