Gripen E/F oferece oportunidades para a África do Sul e outros países
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Opinião é do CEO da Saab África do Sul, que também prevê que a Suécia vai manter em operação boa parte da frota de Gripen C/D, modernizada para receber alguns dos novos sistemas da nova geração E/F
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Reportagem publicada pelo site sul-africano Engineering News no mês passado e atualizada na última sexta-feira, 12 de outubro, traz declarações do chefe-executivo (CEO) da Saab África do Sul (Saab SA), Magnus Lewis-Olsson, tratando de oportunidades que as novas versões do Gripen podem proporcionar à África do Sul e para outros países.
As declarações de Olsson sobre o desenvolvimento das versões JAS39E/F do Gripen estão no contexto do acordo, entre Suécia e Suíça, para desenvolver e adquirir a nova geração do caça, com 40 a 60 unidades para a Suécia e 22 para a Suíça (sendo que esta talvez precise fazer um referendo para aprovação do negócio).
Segundo o executivo, “há oportunidades para a África do Sul, e outros países, para participar no desenvolvimento da nova geração do Gripen. A África do Sul tem capacidades fantásticas no Conselho para Pesquisa Científica e Industrial e nas empresas locais. Evidentemente, a África do Sul precisaria ajudar a financiar o programa. Mas poderia prover fundos para apenas uma pequena parte dele e ainda assim fazer parte da grande família da nova geração do Gripen.”
Lewis-Olsson deixou claro que estava dando sua opinião pessoal, e acrescentou que, com a Suécia provavelmente comprando poucas unidades de JAS39E e F, muito provavelmente a Força Aérea Sueca continuará a operar uma boa quantidade de seus atuais JAS39C e D, juntamente com as aeronaves de nova geração. Os modelos C e D remanescentes seriam modernizados e poderiam receber algumas das tecnologias e sistemas desenvolvidos para as novas versões.
Isso também poderia beneficiar a África do Sul se quiser fazer uma modernização de meia-vida de monta em seus caças Gripen C/D, utilizando sistemas de nova geração mais acessíveis. Estes poderiam incluir radar AESA (varredura eletrônica ativa) e novos sistemas de contramedidas eletrônicas.
Todos os 26 caças Gripen da África do Sul já foram entregues (na foto acima, o transporte dos caças por navio). Segundo o executivo, “os Gripens sul-africanos provavelmente têm os mais modernos sistemas de todos os Gripens em operação hoje.” Por exemplo, a integração do míssil A-Darter (projeto em parceria da África do Sul com o Brasil) já foi completada, assim como a do sistema de visor montado no capacete. Lewis-Olsson afirmou, sobre os caças sul-africanos, que “todas as atividades principais de desenvolvimento já foram completadas. A capacidade completa de manutenção já foi entregue e o ‘pod’ de reconhecimento para a Força Aérea Sul-Africana já foi integrado.”
A reportagem finaliza com os dados de pesquisa independente da Jane’s, que coloca o custo de hora de voo do Gripen em 4.700 dólares (de 2012), comparados aos valores de US$ 7.700 para o Lockheed Martin F-16, US$ 11.000 para o Boeing F/A-18 E/F Super Hornet e US$ 16.500 para o Dassault Rafale. E acrescenta também que a Saab espera vender até 300 caças Gripen nos próximos dez anos, nas versões C/D e E/F.
Oferecimento do avião de patrulha marítima Saab 340 MSA à África do Sul
Cada aeronave na configuração básica custaria US$ 18 milhões cada, o que inclui um radar ar-mar com cobertura 360º, sensor infravermelho e eletro-óptico Star Safire, sistema de controle de missão, comunicação por satélite e sistema de identificação automática para receber sinais de navios mercantes.
O alcance na configuração básica é de 1.325 milhas náuticas, com autonomia de três horas e quarenta e cinco minutos.
Também podem ser oferecidas versões mais completas, com equipamentos de busca e salvamento, janelas de observações, porta para lançamento aéreo e tanque de combustível adicional.
A Força Aérea da África do Sul tem um requerimento para aeronave de patrulha marítima (armada) vigilância marítima (desarmada) e transporte leve / médio. O Saab 340 MSA está sendo oferecido para a segunda missão. O modelo é baseado em aeronaves Saab 340 de segunda mão (420 exemplares ainda em operação no mundo). A estratégia da empresa é adquirir, no mercado, exemplares com 20.000 ciclos de decolagens e pousos. Como o projeto da aeronave é para 90.000 ciclos, um cliente do Saab 340 MSA teria ainda 70.000 ciclos pela frente, com baixos custos operacionais.
FONTE: Engineering News (reportagem de Keith Campbell)
FOTOS: Saab e Gripen Blog
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