Para jornal francês, Rafale com RBE2 AESA é motivo de temor para os EUA

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Matéria do ‘La Tribune’ afirma também que novo radar é ‘a arma mortal do Rafale para exportação’

Em reportagem com o título “Le radar RBE2, l’arme fatale du Rafale à l’export”, publicada em 2 de outubro, o jornal francês “La Tribune” analisa as implicações da entrega à Direção Geral de Armamento francesa (DGA) do primeiro exemplar de produção do Rafale equipado com o novo radar RBE2 AESA (varredura eletrônica ativa), realizada no mesmo dia. Para o jornal, o radar vai ampliar as chances de exportação do caça francês fabricado pela Dassault Aviation.

O caça, cuja entrega foi anunciada pela Dassault e pela Thales (empresa responsável pelo radar) é destacado como o primeiro caça europeu com esse tipo de radar. O RBE2 AESA aumentará enormemente o desempenho operacional do caça francês, que já compete com os melhores do mundo, incluindo os norte-americanos.

É esse ponto que a reportagem explora, enquanto trata das vantagens do radar (maior alcance, capacidade de acompanhar quarenta alvos simultaneamente e atacar oito,  exploração plena das capacidades do míssil Meteor e menores custos de manutenção): o Rafale “já é temido pelos Estados Unidos” (Le Rafale est déjà craint par les Etats-Unis). A matéria dá a entender que esse “temor” tende a crescer juntamente com o potencial de exportação do caça.

Sobre essa competitividade, o jornal destaca que em exercícios do curso de liderança tática (ATLC) realizado nos Emirados Árabes Unidos em 2009, a versão do Rafale ainda sem o radar AESA se destacou, segundo o jornal, em combates simulados com o F-22 Raptor dos Estados Unidos, referência entre os novos aviões de combate.

O La Tribune afirma que foram realizados seis combates com o F-22, e o Rafale foi “derrubado” em apenas um deles, com os outros cinco tendo resultado nulo. E agora o Rafale passa a contar com o que de melhor há na Europa na tecnologia AESA, o que inclui a Rússia, “que ainda não desenvolveu esse radar”.

Para o jornal, o RBE2 AESA certamente vai trazer mais exportações ao Rafale. Nesse mercado, a Dassault está em negociações exclusivas com a Índia (126 caças), esperando-se que sejam concluídas antes do final de março de 2013. A empresa também está negociando com os Emirados Árabes Unidos, (60 unidades), “tem boas chances de vender o Rafale ao Brasil” (36 aeronaves), ao Qatar (12 a 36 caças) e, em menor grau, para a Malásia.

FONTE: La Tribune (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

FOTOS: Dassault

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