Rio – A novela da compra dos novos caças da Força Aérea está perto do fim. O governo mantém o tema em silêncio, mas nos bastidores já articula para dezembro o fim do contrato de manutenção dos caças franceses Dassault Mirage 2000.

Inicialmente, os Mirage serão substituídos pelos F-5 oriundos da Jordânia comprados por cinco milhões de dólares cada um pelo Brasil para Aeronáutica. Onze desses F-5 estão sendo adaptados pela Embraer**. Mas a desmobilização mira mesmo na entrada no país dos 36 caças de primeira linha que a FAB tenta comprar desde o governo Fernando Henrique Cardoso***.

A propósito, o consórcio Rafale, franco favorito**** na licitação que tem como concorrentes os norte-americanos da Boeing e os suecos da Saab Gripen, anunciou ontem que o Departamento de Armamentos do Ministério da Defesa da França acaba de entregar oficialmente o primeiro lote do Rafale C137*****, primeira geração de caças da empresa equipados com o radar RBE2 AESA da Thales.

O equipamento traz importantes melhorias operacionais ao caça francês, como total compatibilidade com a última geração de mísseis de longo alcance, do temido Meteor, combinada com impressionante capacidade de detectar alvos menores.

FONTE: O Dia 

FOTOS: Dassault

NOTAS DO EDITOR, PASSANDO ATUALMENTE POR UMA FASE CHATA E “CRI-CRI”:

* O nome correto é Rafale, não “Rafaele”

** Os 11 F-5 comprados à Jordânia ainda não estão na Embraer. Até duas semanas atrás, todos estavam no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo  (PAMA-SP). Havia a previsão de que pelo menos um deles, já com a célula revisada e revitalizada pelo PAMA-SP, fosse enviado ainda este ano à Embraer para modernização, havendo mais quatro com revitalização da célula praticamente concluída para mandar em seguida. Outros ainda têm bastante trabalho pela frente a ser feito antes de seguirem para a Embraer.

***No governo Fernando Henrique Cardoso (e no início do governo Lula), a concorrência ainda era a F-X, que visava adquirir 12 caças, sendo que o Rafale não era ainda um concorrente. O número de 36 caças refere-se à atual disputa, denominada F-X2.

****Conforme a fonte da informação, o favorito pode ser qualquer um, embora o Rafale tenha sido explicitamente apontado como a opção escolhida pelo ex-presidente da República e lidere essas apostas. Mas, como “franco” também pode significar francês, não há dúvidas de que o Rafale seja o “franco favorito”, pois é o único caça franco, ou francês, da disputa.

*****Não existe um lote denominado “Rafale C137”. Essa é a designação de uma aeronave em especial, e não de um lote. A letra C indica que o avião é um monoposto destinado à Força Aérea Francesa e 137 é simplesmente o número de matrícula do Rafale de série que recebeu o primeiro radar RBE2 AESA. Pode-se ver o número na cauda da aeronave na segunda foto que escolhemos para ilustrar esse “clipping”. Outras fotos do tipo estão disponíveis no site da Dassault, fabricante do caça.

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