Gripen na Suíça: Departamento de Defesa divulga versão não classificada do acordo-quadro com a Suécia

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Divulgação foi feita em nota, traduzida abaixo, informando a tomada de posição do Conselho Federal sobre relatório do subcomitê parlamentar, que analisou o processo de seleção do caça – a versão completa do acordo foi disponibilizada para o subcomitê e a versão liberada, em arquivo pdf está disponível clicando aqui

Nesta sexta-feira, 28 de setembro, o Departamento de Defesa da Suíça divulgou nota informando sobre a tomada de posição, por parte do Conselho Federal Suíço, a respeito do relatório do Subcomitê SPFT a respeito do processo de seleção do caça Gripen pelo país.

O Conselho Federal destacou sua satisfação com o fato do subcomitê acreditar que o desenvolvimento do projeto (de seleção do caça) foi essencialmente correto, e reconhece que há pontos com potencial de aprimoramento. Também agradeceu à Comissão de Política de Segurança do Conselho Nacional e ao Subcomitê SPFR pela análise e escrutínio do progresso, até o momento, do projeto “substituição parcial da frota do F-5 Tiger” (partial replacement of the Tiger fleet – SPFT). As críticas serão vistas seriamente e implementadas para melhorar outros processos em andamento ou futuros.

Porém, o Conselho Federal não concorda com os principais pontos de crítica, pois defende a opinião de que a situação pode ser diferente da mostrada e que as críticas não mais se aplicam após as negociações finais com a Suécia. A posição detalhada do Conselho Federal está sendo publicada simultaneamente à nota, com arquivo pdf do acordo-quadro entre Suécia e Suíça em sua versão não classificada. A versão completa do acordo foi disponibilizada para o Subcomitê SPFT.

Para acessar o arquivo pdf da versão liberada do acordo-quadro, com introdução em italiano e texto principal em inglês, clique aqui.

FONTE: Departamento de Defesa, Proteção Civil e Esportes da Suíça (tradução: Poder Aéreo)

IMAGENS: Força Aérea Suíça e Saab

NOTA DO EDITOR: os principais pontos do acordo-quadro já foram resumidos e apresentados pelo Departamento de Defesa da Suíça, e mostrados em matéria publicada no Poder Aéreo (clique aqui para acessar, e veja também outras matérias na lista abaixo).

Na versão divulgada hoje, pode-se destacar mais alguns detalhes. Um é que é explicitada a intenção da Suécia de modernizar parte de sua frota de aproximadamente 100 caças Gripen A/B e C/D, atualmente em operação para a nova versão E.

Por outro lado, também é explicitado que serão produzidos oito caças Gripen E para a Suécia, com entregas a partir de 2018. Assim, pode-se interpretar que parte da planejada frota de Gripen E sueca será composta por aeronaves novas e outra parte (provavelmente maior) por aeronaves usadas modernizadas para o novo padrão.

Também está explicitado que as aeronaves produzidas para a Suíça serão apenas da versão monoposta (Gripen E, mostrada na ilustração abaixo), como já havia sido revelado e comentado pelo Departamento de Defesa da Suíça.

A parte relativa aos custos operacionais da nova versão do Gripen, que se tem como meta atingir, está cortada (e a introdução em italiano informa que esses cortes estão relacionados a não atrapalhar iniciativas suecas, em andamento, de vender o caça para outros países). Porém, o que se pode perceber é que esses custos estão de acordo com documento entregue já em 2009 aos suíços, garantindo valores anuais de custos de operação, ao longo dos dez primeiros anos.

A versão disponibilizada do acordo-quadro também afirma que as manutenções, reparos e revisões de nível 1 e 2 nas aeronaves serão realizadas em seus respectivos países (os trabalhos em aviões suecos serão feitos na Suécia e em aviões suíços, na Suíça). A manutenção fora da aeronave (off-aircraft) de nível 2 dos subsistemas é tratada no item relacionado ao acordo de cooperação estratégica entre os países. Este indica que a divisão de trabalho dessa manutenção, ligada ao apoio logístico integrado (ILS), deverá se basear na proporção de suas frotas.

Por fim, outros detalhes interessantes tratam das aeronaves C/D (na configuração MS20) que deverão ser entregues à Suíça entre 2016 e 2017 para operação por  “leasing”: para preparar a indústria suíça para manter os futuros Gripen E, a manutenção nível 2 e mudanças de engenharia deverão ser feitas na Suíça, quando mostrarem-se factíveis e custo-efetivas. Além disso, e para diminuir custos, equipamentos que poderão ser reutilizados na futura frota de Gripen E da Suíça já serão entregues em conjunto com os Gripen C/D

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