Índia quer comprar dois Mirage 2000 usados para repor perdas recentes

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Na nossa opinião, essa necessidade pode até virar uma oportunidade

Segundo o jornal indiano “The Economic Times”, a Força Aérea Indiana (IAF) planeja adquirir dois caças Mirage 2000 de segunda-mão para compensar perdas em quedas ocorridas neste ano. A IAF, que assinou com a França um acordo para modernização de 51 caças Mirage 2000, perdeu dois exemplares da frota em fevereiro e março, o que reduziu a frota para 49 unidades

Fontes da IAF disseram ao jornal que planejam “adquirir essas aeronaves dos franceses ou de alguma outra força aérea que ainda opere esses aviões em seu inventário, já que a linha de produção dos Mirages foi fechada há alguns anos.” Caso o Ministério da Defesa aprove essa proposta, a IAF poderia adquirir esses Mirages de segunda-mão para que sejam modernizados ao padrão Mirage-2000-5, para o qual a frota indiana deverá ser elevada conforme o contrato de 2,3 bilhões de dólares.

Duas aeronaves da frota indiana já estão sofrendo modernização na França, sob a supervisão de uma equipe da IAF, segundo as fontes. As demais serão modernizadas nas instalações da HAL indiana, com a ajuda de equipes francesas, ao longo de dez anos.

Os caças Mirage indianos operam em três esquadrões, todos baseados em Maharajpur. Após a modernização, é possível que um desses esquadrões seja transferido para outra base.

FONTE: The Economic Times (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)

NOTA DO EDITOR: dependendo do prazo desejado pelos indianos, quem sabe a Força Aérea Brasileira possa lucrar alguma coisa com a saída de operação dos seus caças F-2000 (Mirage 2000), prevista para 31 de dezembro de 2013, embora isso não compense, de forma alguma, o prejuízo que essa desativação poderá trazer para nossa Defesa Aérea.

A data de desativação dos Mirage 2000 da FAB é até citada no Livro Branco de Defesa.

Evidentemente, a Força Aérea Francesa dispõe de estoques maiores de aeronaves do tipo usadas ou prestes a sair de linha, principalmente das versões B e C, operadas pelo Brasil.

Mas há pelo menos uma coincidência interessante: as duas perdas de Mirage 2000 pela Índia neste ano foram justamente de modelos bipostos, que costumam alcançar valores mais altos no mercado de usados por serem produzidos em menor quantidade. A conta das perdas de bipostos neste ano bate exatamente com a quantidade de aeronaves que eles querem adquirir. E, coincidentemente, bate com o número de bipostos em serviço na FAB: dois.

Por isso, optamos por ilustrar a matéria com um desses bipostos da FAB, que recentemente se apresentou na Academia da Força Aérea.

Quem sabe se esta será uma boa oportunidade de negócio? Ou será que, com a desativação dos atuais F-2000 (que visa evitar custos com grandes revisões, segundo fontes), também acabaremos batendo à porta dos hangares franceses à procura de outro lote de usados, desde que estejam em condições de operar por mais alguns anos? Seria o outro lado da moeda, numa hipótese pra lá de bizarra (conjectura nossa): disputar sobras francesas com os indianos.

Até lá, será que sai o nosso F-X2?

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