F-X2: se Rafale ganhar, Omnisys deverá quadruplicar força de trabalho e abrir unidade em São José dos Campos
Perguntado sobre o que a empresa teria a ganhar com uma vitória do Rafale no programa, o presidente Edgard Menezes disse que a força de trabalho da empresa, entre técnicos e engenheiros, teria que quadruplicar de tamanho para atender à produção de sistemas da Thales para o caça, chegando a mais de 1.000 pessoas.
Segundo Menezes, o radar e os sistemas de contramedidas eletrônicas do caça seriam produzidos no Brasil, havendo também desenvolvimento local de softwares. Todas essas atividades têm previsão de envolver um processo extenso de transferência de tecnologias, no caso de vitória do caça francês.
O executivo disse ter participado de vários entendimentos para montagem da proposta de transferência de tecnologias desses sistemas. Os conhecimentos seriam absorvidos pelos engenheiros brasileiros da subsidiária da Thales, que precisariam também se capacitar para o apoio local aos equipamentos.
Além da ampliação de pessoal nas instalações de São Bernardo do Campo, onde seriam produzidos os componentes para os sistemas citados, também será necessário abrir uma nova unidade da empresa em São José dos Campos. Com isso, seria facilitado o trabalho junto à Embraer, que como maior indústria aeroespacial do país deverá ser envolvida no programa do caça (qualquer que seja o vencedor). Na nova unidade, seriam realizados os trabalhos de integração do radar e dos sistemas de contramedidas eletrônicas às aeronaves.
E no caso do Rafale não ganhar? Isso dependeria da disposição ou necessidade de outros eventuais vencedores (Saab ou Boeing) em envolver a Thales / Omnisys nos seus programas. O executivo disse que haveria interesse da Omnisys em participar, nessa hipótese, mas que a empresa não foi procurada nem pelos suecos nem pelos norte-americanos para tratar do assunto.
FOTOS DO TOPO E DE BAIXO: Thales e Dassault
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