Rafale na Índia: ministro da Defesa ainda quer revisar o processo de escolha

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Após  monitores independentes terem avalizado o processo que selecionou o Rafale, a Comissão de Negociação de Contrato foi autorizada a prosseguir seu trabalho, mas aparentemente o Ministério da Defesa ainda quer re-examinar esse processo

Segundo notícia de 11 de julho do jornal Indian Express, com informações da agência de notícias PTI, a espera para a aquisição de 126 aviões de combate pela Força Aérea Indiana ainda poderá demorar. O ministro da Defesa A K Antony decidiu rever o processo de determinação do ofertante de menor valor (L1), no qual o caça Dassault Rafale derrotou Eurofighter Typhoon – Na imagem acima, os dois caças são vistos juntos no evento Royal International Air Tatoo 2012 (RIAT 2012), realizado no último final de semana.

O Ministério da Defesa retomou o processo de negociação do preço com a francesa Dassault Aviation, que foi interrompido brevemente após objeções do ex-parlamentar Mysura Reddy. Em carta a Reddy, o ministro afirmou: “O Comitê de Negociações de Contrato (CNC) foi direcionado a prosseguir para completar suas deliberações e finalizar seu relatório. Antes que qualquer nova ação seja tomada, todo o processo de anlinhamento e metodologia adotado pelo CNC para determinar o ofertante L1, assim como sua carta e outras referências a esse respeito serão re-examinadas pelo Ministério da Defesa, de forma a assegurar que todo o processo de aquisição é justo, apropriado e de acordo com procedimentos estabelecidos.”

Ainda referindo-se a uma carta de Antony a Reddy, o jornal traz o excerto: “As questões levantadas por você foram examinadas por monitores independentes que concluíram que o a linha e metodologia adotadas pelo CNC na avaliação das propostas comerciais até o momento foram justas e apropriadas e de acordo com as cláusulas do pedido de propostas e os procedimentos de aquisição de defesa.”

FONTE: Indian Express

FOTO: Rafale Display Team

NOTA DO EDITOR: as notícias são um pouco confusas, e fica a dúvida se falam da mesma carta. O trecho citado inicialmente entre aspas é bastante semelhante a carta anterior, da primeira resposta do ministro ao ex-parlamentar (antes da investigação do comitê). Esse pedaço é o mais citado em diversas mídias indianas, a partir de nota da agência PTI. Porém, a citação seguinte, sobre os procedimentos terem sido considerados adequados por monitores independentes, aparentemente só está na versão do jornal Indian Express, que já havia trazido essa informação mais cedo, no mesmo dia. Será que estão tratando da mesma carta? Ou será que, mesmo após a investigação independente ter sido realizada e as negociações do contrato serem autorizadas a continuar, o ministro está dizendo que, ainda assim, é necessária um re-exame por parte do Ministério da Defesa?

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