Eurofighter: AESA e outras melhorias foram aceitas pelos países parceiros
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Após acordo, consórcio Eurojet também propõe motores com empuxo vetorado
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Segundo o site Flight Global, na última segunda-feira, 9 de julho, os quatro países parceiros do consórcio Eurofighter (Alemanha, Espanha, Itália e Reino Unido) chegaram a um acordo para introduzir um conjunto adicional de aprimoramentos no caça Typhoon.
Foi aprovada a integração de novos equipamentos, no chamado “programa de aprimoramentos Fase 1” para os exemplares de produção da versão “Tranche 2” do caça, cujo código é P1EA. A aeronave vai ganhar um radar AESA (varredura eletrônica ativa), avançadas medidas defensivas (subsistemas) e o míssil ar-ar BVR (além do alcance visual) Meteor, da MBDA. Além disso, deverá ser incluído o desenvolvimento adicional de capacidades ar-ar e ar-solo e a integração de novas armas para ampliar suas capacidades multimissão, como a bomba guiada de precisão Paveway IV.
O anúncio estava programado para uma coletiva de imprensa na terça-feira em Farnborough, mas a novidade acabou revelada antes pelo escritório de imprensa do Primeiro Ministro do Reino Unido. A Arábia Saudita (cliente de exportação) também pretende introduzir melhoramentos simlares em sua frota, assim como o pod de designação de alvos Damocles, da Thales.
A BAE Systems, empresa parceira do consórcio Eurofighter, espera voar o primeiro elemento do futuro pacote de equipamentos P1EB em 20 de julho, utilizando a aeronave de testes IPA6.
Empuxo vetorado
Após a notícia veiculada pelo Flight Global, o site Defense News trouxe a informação de que o anúncio do pacote de modernização com radar AESA levou outros representantes da indústria a argumentar, mais uma vez, em favor de aprimoramentos nas saídas dos motores para a introdução de empuxo vetorado.
Salvatore Miglietta, chefe de programas militares da empresa italiana Avio (uma das empresas do consórcio Eurojet que constrói os motores Eurojet EJ200 do Typhoon), sugeriu às nações parceiras do consórcio Eurofighter que novamente analisassem a introdução de saídas de empuxo vetorado nas turbinas. Miglietta também relacionou essa modernização com a introdução do novo radar AESA, pois essa mudança “vai acrescentar peso à parte frontal da aeronave. O centro de gravidade será movido para a frente e, para contrabalançar isso, você pode tanto colocar peso morto mais para trás, ou um peso mais ‘inteligente'”. A necessidade de adicionar este peso à ré representa uma oportunidade para acrescentar sistema de vetoração de empuxo na tubeira, segundo Miglietta.
O consórcio Eurojet, que além da Avio italiana é composto pela alemã MTU, a espanhola ITP e a britânica Roll-Royce, já desenvolveu uma saída de empuxo vetorado (thrust vectoring nozzle – TVN) e argumenta que esse sistema vai aumentar a manobrabilidade do Typhoohn, aprimorando suas características para ataque ar-solo, aumentando o empuxo, diminuindo o consumo de combustível, reduzindo sua corrida de decolagem, sua velocidade de pouso, além de aumentar sua taxa de rolamento. Ainda segundo Miglietta, “a vetoração de empuxo permitiria que a aeronave se aproxime mais de seus alvos e manobre mais rápido”, acrescentando que o sistema ajuda a prolongar a vida útil do motor.
FONTES: Flight Global e Defense News (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
IMAGENS: Eurofighter
NOTA DO EDITOR: a imagem das tubeiras dos motores EJ200 num Typhoon, mostrada acima, são do modelo atual, sem vetoração de empuxo.
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