Vale a pena rir de novo: ‘O Poema do Mulambo’
Faz 13 anos lembro bem, quando disse-me alguém
Força Aérea Renovada, caça novo, Uma furada…
Fome zero, sem dinheiro, corta os caças! desespero
Foi tudo pró beleléu, sem os caças, que cruel…
Veio então o crescimento, tamo rico, é o momento
Chama cinco candidato, e decide no mandato
Era a hora da verdade, e com tal propriedade
Disse o ministro sem piedade, vamos lá! Prosperidade!
Mas o certo é que outra vez, Olha só vejam vocês
Outra espera sem razão, F-5? Tá na mão!
Veio então a decisão, Tira o resto deixa três!
Sem muita compreensão, choradeira e Viuvez
Defendia-o com afinco, mas adeus, su-trinta e cinco.
Foi se o Typhoon e o Dezesseis, olhem só vejam vocês
Em cadeia nacional, disse logo o Presidente
Decidiu! é o Rafale, Sarkozy ficou contente
O Jobim já não sabia, pra que lado ele iria
Já o Saito não sorriu, e a imprensa deduziu
Diz-se, vai ter F-X3! Outros tantos? neste mês!
Ora só, vejam vocês, 13 anos e nada se fêz
Temos já 3 preferidos, uns contentes outros f…
Excluindo os preteridos, só ficaram os protegidos
O melhor, e mais moderno, Nós queremos o Francês
O orçamento é miserável, F-5 outra vêz?
Mais barato é o sueco, Para uns a opção
Voa longe ou voa perto, ainda é concepção!
O zangão é o veterano, No combate é campeão
Mas a história nunca mente, É também na restrição
Muito lobbie e reunião, E nenhuma conclusão
Quer projeto? Quer desenho? Fala lá com o Jacubão
Novo ano e novo nada, e é vez da derrocada
Lá na Rússia (que cilada) Voou o PAK mulambada!
F-X ou F-5? Qual é o caça? não lhes minto
Que desgraça, já pressinto
Vamos lá Sua Excelência, tenha um pouco de decência
Põe o fim na concorrência, dando à FAB o de ciência
Chuck Norris tá no ar, diz que o pau vai cantar
Pôs o mundo a se calar, e a mulambada a tremular
Aos mulambos meus amigos, Se convençam dos perigos
Seja Franco ou Sueco, para o PAK, é cacareco
(Parafraseando o amigo Baschera, Edilson não suporta mais o F-X2)
—
Edilson Moura Pinto (Editor do site Plano Brasil)
ILUSTRAÇÃO: Alex Pereira Cartoons
NOTA do EDITOR: publicamos novamente o poema publicado em 2010.
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