USAF: progressos na resolução dos misteriosos problemas do F-22

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A Força Aérea dos EUA acredita que ela está próxima de identificar a razão pela qual os pilotos dos seus preciosos caças F-22 as vezes sofrem um déficit de oxigênio durante o vôo, relatou um brigadeiro nesta quinta-feira.

O problema levou a Força Aérea a manter a aeronave no solo (“groundear”) por um período em 2011 e o secretário de Defesa, Leon Panetta, no mês passado ordenou novas restrições de voo depois que o programa “60 Minutes” da CBS foi ao ar com entrevistas de pilotos de F-22 que se queixaram sobre o problema de oxigênio.

O general Charles Lyon, encarregado de liderar a equipe que gerencia o misterioso problema, disse em uma entrevista à Associated Press que é provável que os sintomas dos pilotos são causados ​​por restrições na sua respiração anteriormente desconhecidas .

“Nós não estamos prontos para declarar vitória ainda”, disse ele, mas esta é a primeira vez que a Força Aérea afunila as possibilidades. Lyon disse que também está perto de descartar uma outra teoria: que os contaminantes foram para os pulmões do piloto, através do sistema de fornecimento de oxigênio que está ligado por uma mangueira de seus capacetes de voo.

Lyon disse que está satisfeito, depois de extensos testes, que não há contaminantes nocivos se movendo através do sistema de oxigênio. Ele é o diretor de operações do ‘Air Force Combat Command’ e vem liderando o time de trabalho no F-22 desde janeiro.

Lyon disse que a raiz do problema, o que fez com que alguns pilotos F-22 sentissem tonturas e outros sintomas de hipóxia, ou privação de oxigênio, pode estar relacionado com duas questões:

Funcionamento inadequado dos coletes do traje anti-G dos pilotos. Lyon disse que o colete do traje, por vezes sem enche inadvertidamente e sem o conhecimento dos pilotos. Isso torna a respiração dos pilotos mais difícil. A Força Aérea na última sexta-feira parou de usar os coletes e vai modificá-los antes de devolvê-los para uso no F-22, disse Lyon. Entretanto, a Força Aérea baixou o limite da altitude máxima que o F-22 pode voar, já que os coletes são destinados a proteger os pulmões dos pilotos em caso de uma súbita perda de pressão de ar da cabine em altas altitudes.

A mangueira e os conectores de mangueira que fazem parte do sistema de fornecimento de oxigênio vazaram um pouco, restringindo ainda mais a quantidade de oxigênio enviado para os pulmões do piloto.

Lyon disse que testes adicionais serão feitos antes que a Força Aérea diga com certeza de que estas restrições são a raiz do problema.

Na entrevista a AP, Lyon reconheceu que tinha elevado o número de incidentes relacionados com hipóxia desde que o F-22 retornou aos voos em setembro do ano passado. Ele disse que houve 11 incidentes desse tipo de setembro a março. Mas, desde então, durante um período em que o F-22 voou cerca de 6.000 horas, não houve nenhuma, Lyon disse.

“A linha de tendência é muito positiva”, disse o brigadeiro.

Lyon disse que informou altos funcionários do Pentágono e funcionários do Congresso esta semana, incluindo as equipes de Warner e Kinzinger, em todos os aspectos do seu trabalho para resolver o problema F-22.

FONTE: The Washington Post

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo

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