Fumaça 60 anos: o homem que domou o Super Hornet
Ricardo Traven, ao contrário do que muitos podem imaginar, não é norte-americano. Ele nasceu no Canadá e sua paixão pela aviação começou muito cedo, pois o pai era piloto privado e dono de um Cessna 185. Aos 16 anos já era piloto de planador e um ano depois tornou-se piloto privado.
Traven graduou-se no Royal Military College do Canadá e tornou-se piloto de caça da RCAF (Royal Canadian Air Force). Além disso, ele também cursou engenharia aeronáutica. Juntando os conhecimentos de piloto e de engenheiro aeronáutico, o caminho para se tornar piloto de testes estava aberto.
Em 1992, Traven foi para a escola de pilotos de testes da USAF na base aérea de Edwards. Após completar o curso, ele seguiu para um intercâmbio com a Marinha dos EUA (USN) em Patuxent River, onde existe um campo de testes e onde novos sistemas são avaliados. Após alguns anos, Traven tornou-se instrutor da escola de pilotos de teste da USN.
Em 1997 ele passou para a reserva com o posto de major da RCAF e ingressou na Boeing como piloto de provas do programa Super Hornet, ainda em desenvolvimento pela empresa naquela época. Desde 2001, uma das suas atribuições secundárias é demonstrar a aeronave em eventos internacionais.
Em todos estes anos, Traven já voou perto de 4.000 horas em mais de 30 modelos diferentes de aeronaves, incluindo F-4, F-5, F-15, F-16, A-7 e T-2. Somente em aparelhos da família Hornet/Super Hornet são mais de 3.000 horas (só no Super Hornet são quase 1.000 horas). Apenas como comparação, os dois pilotos canadenses da RCAF que estavam no aniversário de 60 anos da “Fumaça” (também pilotos de caça muito experientes) exibiam bolachas nos ombros representando 1.000 horas e 2.000 horas de Hornet “legacy”.
Há quem coloque Traven entre os dez maiores pilotos de todos os tempos (veja o vídeo abaixo), mas essa já é uma história bastante controversa.
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