EUA dizem que participação da Embraer em concorrência é ‘muito importante’
Segundo Thomas Kelly, primeiro sub-secretário-assistente da divisão de assuntos político-militares, o cancelamento da disputa, vencida pela Embraer no final do ano passado, “não teve nada de político” –referência às críticas de que a Força Aérea teria se curvado ao lobby político da concorrente Hawker Beechcraft.
“A decisão não teve nada a ver com a Embraer nem teve nada de político”, disse Kelly, em conversa com jornalistas brasileiros. “O cancelamento ocorreu após uma investigação interna apontar a necessidade de rever procedimentos internos relacionados à qualidade da documentação.”
A Força Aérea americana deve apresentar as novas regras da concorrência até o dia 30 deste mês.
Questionado se o cancelamento poderia atrapalhar as chances de a fabricante americana Boeing vencer a disputa pelo contrato dos caças junto à Força Aérea Brasileira, o chamado programa FX-2, Kelly afirmou considerar os processos distintos. “Os EUA e a Boeing apresentaram uma proposta bastante robusta. O Brasil está no grupo de elite dos países para os quais nós oferecemos o mais alto nível de transferência de tecnologia.”
Kelly disse ainda que a garantia de que o compromisso com a transferência de tecnologia será honrado foi dada pelo Congresso americano e também pelo presidente Barack Obama, em conversa com a presidente Dilma Rousseff. “O mais importante é a confiança e isso se constrói com diálogo e interesses mútuos.”
Kelly conversou com jornalistas brasileiros nesta segunda-feira em Washington, em um encontro agendado pela Boeing. O encontro faz parte da agenda de uma viagem organizada pela fabricante para apresentar o avião que a empresa quer vender para o Brasil, o Super Hornet (FA-18).
FONTE: Jornal Floripa