Boeing nega resistência americana à venda de caças
“Eu não entendo o porquê desta justificativa. Talvez vocês da mídia possam me ajudar a entender. Na realidade, temos oferecido para o Brasil a mesma tecnologia que oferecemos para nossos melhores aliados, ou seja, os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), por exemplo. Então, acho que essa questão já está superada”, disse Donna Hrinak, que participou do seminário “Oportunidades nas Relações Comerciais do Brasil Frente à Nova Configuração dos Blocos Econômicos Mundiais”, realizado pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), em São Paulo. “Para mim, isso é uma lenda e não vai atrapalhar”, afirmou.
Donna Hrinak, que também foi embaixadora dos Estados Unidos no País entre 2002 e 2004, disse entender a importância da transferência de tecnologia, mas ressaltou que é preciso falar também do desenvolvimento de tecnologias no País. “O avião não é estático. O avião evolui com as demandas dos clientes. E essas mudanças e inovações podem acontecer aqui, com a indústria brasileira trabalhando junto com a Boeing”, afirmou a executiva,
O processo de compra dos caças brasileiros se arrasta desde 1996. Atualmente chamado de F-X2, o programa prevê a compra de 36 caças, um negócio estimado entre US$ 4 bilhões e US$ 6,5 bilhões. Houve vários adiamentos, o último deles no início do governo da presidente Dilma Rousseff, em 2011. Os concorrentes são o avião Rafale, da francesa Dassault, o Gripen, da sueca Saab, e o F-18 Super Hornet, da Boeing.
FONTE: Estadão