‘Míssil’ da Saab acerta F-16: “economize dezenas de milhares de dólares”
O título acima e o texto abaixo são uma tradução aproximada de um artigo publicado pelo noticiário romeno ‘jurnalul.ro’. Obviamente que a nossa fluência em idiomas não chega a tanto, mas com a ajuda de tradutores e um pouco de interpretação e conhecimento do assunto decidimos colocar a nossa versão em português do texto original.
A demorada decisão do CSAT (conforme pesquisa do Poder Aéreo, CSAT significa ‘Consiliul Suprem de Apărare a Ţării’ e é um órgão administrativo autônomo do governo romeno, responsável pelas grandes decisões na área de defesa e segurança) pela escolha do caça que substituirá a atual aeronave de combate da Força Aérea da Romena, o MiG-21, atiça os espíritos da indústria de defesa internacional. Pelo menos um dos dois concorrentes (o grupo sueco Saab e o consórcio europeu Eurofighter), que havia se retirado da concorrência, está retornando para a briga e tenta reverter a decisão que parecia decidida em pró da norte-americana Lockheed Martin.
Os suecos não ficaram ofendidos e nem tão pouco chateados com a recusa de enviar um representante romeno para o exercício conjunto entre os operadores do caça Gripen, denominado Lion Effort 2012, realizado na Base Aérea de Ronneby entre o fim de março e o começo de abril (a propósito, embora tenha obrigação legal, o Ministério da Defesa não respondeu ao apelo do ‘Jornal Nacional’ para justificar a recusa do envio de um representante ou uma delegação nacional para o exercício Lion Effort 2012, enquanto outras 17 delegações e adidos militares participaram como convidados do evento!).
O chanceler romeno, Cristian Diaconescu, admitiu ontem que manteve conversas com o seu homólogo norte-americano, a secretária de Estado Hillary Clinton, sobre a compra de caças F-16, dizendo: “Eles colocaram a oferta sobre a mesa, e quando a Romênia encontrar uma solução eles irão cooperar”.
Mas a Saab lançou um verdadeiro “míssil”, para desintegrar a oferta dos EUA. Na quinta-feira passada foi divulgado um estudo comparativo, conduzido pela empresa de consultoria IHS Jane’s Defence and Security, mostrando os custos de operação dos principais caças modernos. O estudo concluiu que a operação de uma aeronave Gripen equivale a 67 por cento do custo de uma aeronave F-16.
“Isso significa uma economia substancial para os contribuintes e para os pilotos que podem voar mais com o mesmo orçamento – isso é muito importante, pois seu treinamento diário, o número de horas voadas que eles realizam é essencial para ter uma frota supersônica competitiva “, diz o estudo.
De acordo com IHS Jane’s Defence and Security Defense, o Gripen tem o menor custo por hora de voo entre as aeronaves estudadas (JAS Gripen, F-16, F-35, Eurofighter, Rafale). “Com um custo estimado de 4.700 dólares por hora, o Gripen é mais barato de operar do que o F-16 Block 40/50, que é o concorrente mais próximo, com um custo estimado de 7.000 dólares por hora de voo”, diz o relatório.
Isto significa dizer que a operação de uma frota de 24 aeronaves Gripen, considerando que cada uma delas voe 120 horas por ano, custará 135 milhões de dólares em 10 anos ou 66 milhões de dólares a menos do que a operação de 24 F-16 no mesmo período.
FONTE: http://www.jurnalul.ro/observator/atac-saab-f16-610464.htm
TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo
COLABOROU: DrCockroach
VEJA TAMBÉM:
- ‘Lion Effort 2012′: começa a fase ‘Livex’
- ‘Lion Effort 2012′: primeiros voos do maior exercício dos operadores de Gripen
- SAAF vai voar, em exercício na Suécia, seus últimos Gripens encomendados
- Em abril, exercício na Suécia vai reunir cinco operadores de Gripen
- Uma data histórica para a Saab
- Sul-africana Denel ainda pode se beneficiar da produção do Gripen C/D