Pacifistas não querem deixar a nova geração do Gripen decolar em paz
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Grupos pacifistas da Suécia e da Suíça se unem contra o Gripen – o objetivo é que a nova geração do caça não possa ser desenvolvida para nenhum dos dois países
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Para quem acompanha o mercado de defesa, essa associação pode soar um tanto bizarra: segundo o jornal suíço 24 heures, neste último domingo (15 de abril) o “Grupo para uma Suíça sem Forças Armadas” (GSsA) e a organização pacifista da Suécia “Sociedade Sueca de Paz e Arbitragem” (SPAS) fizeram uma aliança para tentar impedir que o Conselho Federal Suíço adquira os caças Gripen. A coalizão foi acertada numa assembleia geral da GSsA, realizada em Soleure.
O interesse da sueca SPAS em que o contrato suíço não se realize, segundo a GSsA, tem o seguinte argumento: se a Suíça ou outro país comprar o caça, vai viabilizar que a Suécia também assuma custos de desenvolvimento do novo modelo do Gripen para suas Forças Armadas. “Ajude-nos a deixar o Gripen no solo”, disse o secretário político da SPAS, Rolf Lindahl. Com interesses em comum, as duas organizações fundaram a “coalizão helvética-sueca contra os aviões de combate”.
FONTE: 24 heures (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
NOTA DO EDITOR: o processo de aquisição do Gripen pela Suíça promete trazer novos lances de emoção nos próximos meses, pois vem surpreendendo a cada novo capítulo pelo inusitado – e, já que estamos falando em belicismo e pacifismo, pode-se dizer que esse processo pode se tornar tão longo quanto os dois volumes de “Guerra e Paz”, de Tolstói. Mas uma coisa pode ser dita: se grupos pacifistas se unem para tentar impedir o desenvolvimento do Gripen, é mais um sinal de que o caça é considerado uma arma de respeito. Afinal, se não fosse, para que tanto esforço em lutar contra? Em tempo: este editor também gosta de paz e amor e não deseja, com esse comentário irônico, entrar em guerra justamente com outros adeptos da paz mundial ou, como dizem em inglês as candidatas a Miss Universo, “the World Peace”.