Se o Canadá comprar o F-35 sem concorrência, não estará sozinho
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Segundo matéria do jornal canadense Toronto Sun, comprar F-35 sem concorrência é a ‘norma internacional’
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Em matéria publicada na quarta-feira, 11 de abril, o jornal canadense Toronto Sun informou que as vozes que clamam pelo reinício do programa de substituição dos envelhecidos caças CF-18 do país, por meio de uma competição e não pela simples compra do F-35, estão falando cada vez mais alto. Tanto entre conservadores quanto entre os liberais.
Para os críticos de um processo sem competição, a mesma serviria até para comprovar as qualidades do F-35. O argumento é que, se o caça representar um acordo tão bom assim, vai ganhar a disputa sem dificuldades.
Ainda assim, o Canadá está em boa companhia no caso de não realizar uma competição para adquirir o caça furtivo. Entre os parceiros do F-35, apenas a Dinamarca está realizando uma concorrência para substituir seus F-16. A disputa está parada no momento, mas deverá ser reiniciada em meados do ano, e não há mudanças nos planos do Governo Dinamarquês de escolher um novo caça antes do final de 2014. Até o momento, disputam o contrato os jatos norte-americanos F-35 da Lockheed Martin e F-18 Super Hornet da Boeing, além do sueco Gripen, da Saab.
Já na Holanda, não há uma competição formal, e o F-35 é grandemente favorecido pelo país para substituir seus F-16. Mas duas comparações entre candidatos foram realizadas, em 2001 e 2008. Na primeira, o F-35 foi considerado “o melhor caça pelo melhor preço”. Na segunda, o F-35 continuou favorecido, com o F-18 perdendo pontos por custos de manutenção superiores, devido a ser bimotor.
Itália, Noruega, Austrália e Turquia também estão alinhadas em comprar o F-35 sem nenhuma competição formal, embora a quantidade a ser adquirida ainda dependa dos orçamentos disponíveis. E o Reino Unido é o parceiro original do programa de desenvolvimento do caça, junto com os EUA.
Quanto ao Canadá, foi em 2010 que o país anunciou que substituiria sua frota de CF-18 por caças F-35. Porém, a Auditoria
Geral criticou o Departamento de Defesa por não ter justificado adequadamente essa escolha.
FONTE: Toronto Sun (tradução, adaptação e edição: Poder Aéreo)
FOTOS: Lockheed Martin
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