USAF coloca em serviço a versão ‘Increment 3.1’ do Raptor

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Após quase 20 anos de desenvolvimento e US $ 65 bilhões, o F-22 Raptor entrou em serviço com a Força Aérea dos EUA em 2005. Mas não foi até este mês que o primeiro esquadrão de F-22 ficou totalmente pronto para combate com radar de mapeamento de terreno e uma capacidade de carga de armas ar-solo bem flexível – equipamento padrão na maioria dos jatos de combate modernos.

O custo para elevar os cerca de 150 Raptors até este nível normal de capacidade: um extra de US$ 8 bilhões, aumentando o custo de cada jato de US$ 350 milhões para quase US$ 400 milhões a unidade.

A capacidade tardia de ataque do jato é sintomática da abordagem espiral da Força Aérea para desenvolver o avião, e um sinal de mau presságio para o sucessor do Raptor, o F-35 Joint Strike Fighter. Ao invés de esperar até que um projeto de jato esteja totalmente desenvolvido, a Força Aérea envia os primeiros modelos para o mundo, assim que encontrar um padrão mínimo de desempenho em combate. Os aviões recebem melhorias adicionais ao longo do tempo para trazê-los até uma capacidade completa. Embora esta abordagem garanta à força uma certa utilidade ao jato logo de início, ela oculta o verdadeiro tempo e investimento necessário para desenvolver plenamente um avião novo.

O F-22 entrou em serviço há sete anos com os seus armamentos de combate ar-ar, mas com sistemas de ataque ao solo muito elementares. Da mesma forma, o F-35 de US $ 200 milhões possuirá apenas uma fração das capacidades esperadas quando ele finalmente entrar em serviço em algum momento após 2018. Isso poderia forçar a Força Aérea a estender a vida dos velhos caças por um período muito maior de tempo do que inicialmente esperado.

Este mês, a atualização (update) conhecida como “Increment 3.1” acrescentou ao F-22 a função de mapeamento do radar, aquisição de alvos mais precisa e capacidade para transportar até oito bombas guiadas por satélite. “Um conjunto de quatro aeronaves com o ‘Increment 3.1’ pode buscar e engajar alvos nos ambientes mais desafiadores”, informou o tenente coronel Paul Moga. O que ele não disse é que a Boeing conseguiu fazer com que o F-15E tivesse as mesmas habilidades ainda nos 1990.

O “Increment 3.1” não é a atualização final planejada para o Raptor. O F-22 ainda não está programado para ter uma função multi-link de dados (permitindo-lhe trocar informações com estações terrestres, navios e outros aviões) até por volta de 2014. Os F-15 e F-16 possuem esta capacidade há anos. Da mesma forma, o F-22 ainda não pode disparar o mais recente míssil ar-ar, o AIM-9X, que já é padrão em caças mais velhos. Embora o F-22 possua maior velocidade e melhor discrição do que o F-15 e o F-16, em outros aspectos ele ainda levará anos para que possa igualar outros jatos que ele deveria substituir.

FONTE: wired.com

TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO: Poder Aéreo

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