O projeto  ‘distributed simulation’ deve estabelecer bases para futuras colaborações tecnológicas com a indústria do Brasil, segundo a empresa norte-americana

Em nota anunciada a partir de Santiago (Chile), onde está ocorrendo a Feira Internacional de Ar e Espaço FIDAE, a Boeing afirmou que está colaborando com a Elbit Systems num projeto chamado “distributed simulation” (simulação distribuída), que deverá conectar um simulador do Boeing F/A-18E/F Super Hornet, em St. Louis (EUA), com o simulador do laboratório de aviônicos da AEL, em Porto Alegre (Brasil). O anúncio foi feito na terça-feira, 27 de março.

Esse esforço, segundo a empresa, coloca juntas as experiências da Boeing e da Elbit de forma a demonstrar a atual tecnologia de simulação e de redes, assim como as capacidades do Super Hornet. A demonstração deverá também explorar o potencial para outras colaborações tecnológicas, como a interoperabilidade do Super Hornet com caças brasileiros. Espera-se que o projeto “distributed simulation” seja completado em meados deste ano.

Ainda segundo a nota, a Boeing e a Elbit Systems estão desenvolvendo um plano robusto para trocas de tecnologia nas áreas de simulação e de apoio a aviônicos, visando o programa brasileiro F-X2. Neste mês, a Boeing e a Elbit assinaram um memorando de entendimento que apoia o desenvolvimento de capacidades avançadas de aviônica no Brasil, que serão introduzidas à AEL Sistemas. A Elbit foi selecionada para fornecer o sistema LAD (Large Area Display – tela de grande área) que será parte de um sistema avançado de cockpit (cabine) a ser oferecido em caças da Boeing – incluindo o F/A-18E/F Super Hornet e a família F-15, que inclui o Silent Eagle. Como um fornecedor-chave dos programas de caça da Boeing, a Elbit, por meio da Boeing, está investindo no desenvolvimento de avançadas capacidades em aviônica, na AEL Sistemas.

Recentemente, representantes da Elbit se encontraram com a equipe do Super Hornet da Boeing, em St. Louis, para iniciar o delineamento dos planos de trabalho de desenvolvimento dos aviônicos avançados e da tela de grande área (LAD). Os engenheiros brasileiros e suas contrapartes da Boeing esperam criar uma relação forte de trabalho, que agregará valor à indústria brasileira e à FAB.

As duas equipes também já começaram a explorar potenciais oportunidades para outros sistemas e atividades de apoio que poderiam beneficiar a AEL Sistemas e a indústria brasileira, tanto no curto prazo quanto ao longo do ciclo de vida da aeronave.

Segundo o vice-presidente da Boeing para os programas F/A-18 and EA-18 , Mike Gibbons, “trabalhando juntos nos aviônicos das aeronaves de hoje, os engenheiros da Boeing e da Elbit serão capazes de traçar um plano para o futuro. Esses esforços colaborativos dão oportunidades para o crescimento internacional da Boeing e de nossa cadeia de fornecedores global.”

FONTE: Boeing

NOTA DO EDITOR:será essa a “parte crítica do projeto” que a representante da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, disse em entrevista (clique aqui para acessar) que foi colocada na proposta do Super Hornet para o F-X2, como oportunidade para o Brasil produzir? Segundo a executiva, a parte crítica (que não foi revelada) seria destinada a todos os F-18 –  se a Marinha dos EUA (USN) quisesse comprar a aeronave, teria que ser com a parte brasileira.

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