O presidente da Embraer Defesa e Segurança, Luiz Carlos Aguiar disse que a empresa não trabalha com a hipótese de que a Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) irá mudar os requisitos do programa LAS (Light Air Support), no novo processo de seleção que pretende abrir para a compra de aeronaves na categoria do Super Tucano.

“A posição da Embraer é clara. Vamos completar o que está faltando e ganhar de novo, porque não existe nenhum outro concorrente no mundo com a especificação que foi pedida”, afirmou.

Segundo Aguiar, se houve falhas no processo, a Embraer não teve nada a ver com isso. “O problema foi interno e a própria Força Aérea americana admitiu isso e fez questão de inocentar a Embraer”.

Para ele, no requisito feito pela USAF para o programa LAS, está bem claro que o projeto não pode ter custos não recorrentes de desenvolvimento. “Isso significa que eles não querem um avião protótipo e sim um produto já testado e em operação, como é o caso do Super Tucano”, explicou.

O concorrente da Embraer no programa LAS, conhecido como AT6B, é uma nova versão do anterior AT6, e ainda está em fase de desenvolvimento. O Super Tucano está em operação há mais de sete anos e é empregado por Forças Aéreas de cinco países. Além disso, já foi testado com sucesso e em combate real, não só no Brasil, como também na Colômbia. No total, segundo a Embraer, o Super Tucano acumula 130 mil horas de voo e 18 mil horas de combate sem nenhuma perda.

Segundo a Embraer, somente na América Latina, o mercado potencial para o Super Tucano é estimado em 81 aeronaves até 2025, um negócio que pode superar a cifra de US$ 1 bilhão. A empresa acumula 182 encomendas, das quais 158 já foram entregues.

As vendas do modelo somam até agora US$ 1,6 bilhão. A Embraer projeta um mercado potencial de US$ 3,5 bilhões para a classe do Super Tucano (300 aeronaves). O avião já foi vendido para Colômbia, Equador, Chile, República Dominicana, Guatemala, Indonésia e dois clientes na África. O foco da Embraer com essa aeronave são as regiões do sudeste da Ásia, África e América Latina.

Para a Colômbia, onde a Embraer entregou um total de 25 Super Tucano, a Embraer está fazendo o primeiro contrato de exportação de serviços de modernização de aeronaves militares. “Estamos modernizando a frota de 14 aeronaves T-27 da Colômbia, uma versão anterior ao Super Tucano”, revelou Aguiar.

FONTE:  Valor Econômico, via Notimp

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