Aquela sim é que era piloto, e a procura por Amelia e seu avião será retomada perto de atol no Pacífico

 

A busca por Amelia Earhart será retomada em meados do ano nas águas de Nikumaroro, uma ilha inabitada do Pacífico Sul que pertence ao arquipélago da República de Kiribati, onde a lendária piloto teria naufragado. A expedição em busca de seu corpo será conduzida pelo Grupo Internacional para Recuperação de Aeronaves Históricas (Tighar, na sigla em inglês) e usará tecnologia de ponta para identificar vestígios do avião afundado.

A aviadora alta, loura e esbelta sumiu misteriosamente enquanto sobrevoava o Pacífico no dia 2 de julho de 1937, durante sua tentativa de circundar o globo terrestre próximo ao Equador, algo jamais feito. Acredita-se que seu bimotor Electra ficou sem combustível e caiu no oceano próximo à Ilha Howland. Mas, de acordo com o diretor-executivo do Tighat, Ric Gillespie, outra hipótese deve ser considerada.

— A linha de navegação descrita por Amelia em sua última transmissão por rádio não mencionava apenas esta ilha, que pretendia alcançar, como também a Ilha Gardner, hoje chamada de Nikumaroro — revela.

A possibilidade de que Amelia e o navegador Fred Noonan tenham feito um pouso de emergência perto do recife de corais de Nikumaroro, 480 quilômetros ao sudeste de seu destino, não é uma nova teoria.

— Esta foi a primeira possibilidade pensada — lembra Gillespie. — Foi o que a Marinha cogitou nos primeiros dias após o desaparecimento do avião. E eles chegaram a procurar no atol, mas apenas pelo ar.

Em nove expedições a Nikumaroro, Gillespie e sua equipe descobriram artefatos que, combinados com pesquisas realizadas anteriormente, fornecem fortes evidências de que teria havido um naufrágio na região. Amelia desapareceu poucas semanas antes de completar 40 anos, tendo sido declarada morta dois anos depois. Foi pioneira na aviação e recebeu condecoração do governo americano por sobrevoar sozinha o Oceano Atlântico. A piloto também causa fascínio até hoje por sua defesa dos direitos das mulheres.

FONTE: O Globo

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