Novo patrulheiro indiano: Embraer poderá disputar com Dassault e EADS
Após a seleção do Rafale para negociações com a Índia, os fabricantes aeronáuticos visam um novo contrato de um bilhão de dólares para a Marinha Indiana. A informação é do jornal francês Le Monde.
A Índia deverá iniciar nos próximos meses uma concorrência para a aquisição de nove aeronaves de patrulha marítima (MPA – maritime patrol aircraft) de raio de ação médio (600 Km). Estima-se que o programa custará 50 bilhões de rúpias, ou um bilhão de dólares.
A concorrência deverá envover desde a americana Boeing e a brasileira Embraer, passando pela francesa Dassault, até chegar à gigante europeia EADS, empresas que também estão presentes no Salão de Aviação Civil aberto em 14 de março em Hyderabad, no Sul da Índia.
A Embraer, falando à AFP, manifestou interesse. Porém, disse que a participação “dependerá das especificações finais da concorrência.” A empresa brasileira deverá oferecer uma versão de vigilância marítima de seu jato bimotor ERJ 145, que já foi vendido a 18 forças aéreas do mundo.
A Dassault dispõe de uma versão de patrulha marítima de seu avião Falcon 900 DX. Projetado para ser operado por uma tripulação de sete membros, o Falcon 900 MPA teve dois exemplares vendidos à Coreia do Sul em dezembro passado, e que são destinados a interceptar mensagens de rádio da Coreia do Norte e lançamentos de mísseis.
O jornal destaca que a Dassault já está em negociações com a Índia para finalizar um contrato de 126 aviões de combate multitarefa Rafale, num valor estimado de 12 bilhões de dólares.
Já um porta-voz da Airbus Military, filial da EADS, disse que a empresa estará “honrada em oferecer o C295” para o pedido de ofertas indiano. A versão de patrulha marítima do C295, que é um avião bimotor turboélice, já é opearda por Chile e Portugal.
As nove aeronaves deverão ampliar o leque à disposição da Marinha Indiana para a vigilância do Oceano Índico. A Marinha já encomendou à Boeing, em 2009, oito jatos P-8 Poseidon de longo raio de ação, e a vigilância costeira já está a cargo de pequenos aviões do fabricante alemão Dornier e aeronaves remotamente pilotadas de origem israelense.
A Índia, que se destaca como o maior mercado de armamentos entre os países emergentes, reivindicou uma área oceânica de 200.000 km2 de Zona Econômica Exclusiva, segundo o jornal.
FONTE: Le Monde